PM que jogou homem de ponte chorou durante audiência de custódia no TJM. Veja vídeo:

Na última quinta-feira (5/12), o Tribunal de Justiça Militar (TJM) decidiu manter a prisão preventiva do soldado da Polícia Militar (PM) Luan Felipe Alves Pereira. O policial é acusado de arremessar o entregador Marcelo Barbosa Amaral, de 25 anos, de uma ponte em Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, durante a madrugada de 2/12. Durante a audiência, Luan chorou, mas sua defesa não foi aceita. Assim, o soldado permanece detido no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital.

De acordo com vídeos registrados por câmeras corporais e um celular, Luan aparece arremessando Marcelo da ponte. Embora o policial tenha alegado que tentava apenas “levantar do chão” a vítima, o juiz Fabrício Alonso Martinez Della Paschoa destacou que os registros contradizem essa versão. Além disso, o magistrado apontou “fortes indícios” de lesão corporal dolosa e peculato, reforçando que a conduta do soldado foi “inaceitável” e incompatível com sua responsabilidade de proteger os cidadãos.

Relatórios oficiais omitem detalhes importantes

Outro elemento que agrava o caso é a ausência de informações cruciais nos relatórios policiais. Nos documentos apresentados, as autoridades mencionaram apenas perseguições em motos e disparos em um baile funk, sem qualquer menção ao arremesso da vítima. Porém, após as imagens virem à tona, o comando da PM decidiu instaurar um inquérito para investigar o caso.

Vítima ainda não foi ouvida pelas autoridades

Enquanto isso, Marcelo Barbosa Amaral permanece hospitalizado, sem condições de prestar depoimento. Em contrapartida, a defesa do soldado, liderada pelo advogado Wanderley Alves, criticou a decisão judicial. Segundo o advogado, a prisão preventiva equivale a uma antecipação de culpa, o que comprometeria a imparcialidade do processo.

Caso reacende debates sobre transparência policial

Por fim, o episódio gerou ampla repercussão e reacendeu discussões sobre abuso de autoridade e transparência nas ações policiais. Além disso, especialistas destacam a importância de ferramentas como câmeras corporais para garantir a responsabilidade das forças de segurança. A sociedade segue acompanhando o caso, esperando respostas que tragam justiça e reforcem a confiança pública no sistema de segurança.

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