O cuiabano Wolley Gomes, morador do bairro Jardim Vitória, quase teve o dedo arrancado em mais um ataque de piranhas no Lago do Manso nesse domingo (07), em Chapada dos Guimarães.
O caso foi divulgado nas redes sociais pelo deputado estadual Elizeu Nascimento, que lembrou ter apresentado um projeto de lei que obriga Furnas a fazer o peixamento no Lago do Manso.
A proposta está em tramitação na Assembleia Legislativa, mas teve pedido de vistas pelo deputado estadual Dilmar Dal Bosco [União Brasil], segundo Elizeu, a pedido da secretária de Meio Ambiente do Estado, Mauren Lazzaretti.
“Enquanto tentam desconstruir o projeto, que trará um equilíbrio ambiental novamente nas águas do Manso, vivemos todos os finais de semana recebendo imagens como essas, turistas tendo seus dedos arrancados. A soltura de espécies de peixes da bacia do Manso é necessária e trará o equilíbrio das espécies novamente”, escreveu o parlamentar.
O pedido de vista causou confusão no Parlamento e, no final do mês ado, Elizeu Nascimento e Dilmar Dal Bosco protagonizaram uma discussão acalorada no saguão da Assembleia por causa do projeto.
Elizeu afirma que ficou sabendo que Dilmar pretende apresentar um substitutivo integral do projeto, retirando a cláusula que prevê sanção à Furnas.
“Se é para retirar o que está no projeto, que é a suspensão de Furnas se ela não cumprir esse item, você não faça isso. Você vai matar o povo daquela região. Eu só to falando”, disse Elizeu a Dilmar.
De outro lado, Dilmar nega a existência de um substitutivo.
“Você nem sabe. Você não sabe o que está falando”, disse, no meio da discussão.
Elizeu afirma que foi procurado pela empresa para retirar justamente esse item do projeto.
“Furnas me procurou para fazer a retirada daquela parte, do artigo que prevê a suspensão de Furnas de operar no estado de Mato Grosso e eu disse não a esse tipo de pedido. Porque, se tem uma forma de fazer com que a lei seja cumprida, é suspendendo os direitos dessa empresa, que está há 20 anos sendo omissa. Que não soltou um filhote de lambari até hoje no Lago do Manso. Portanto, não vamos itir isso!”, enfatizou.
O projeto foi levado à pauta da Assembleia após vários casos de ataques de piranha no Lago do Manso. Os ataques ocorrem, porque não há espécies de peixes predadores da piranha, que estão “tomando conta” do local.
A proposta já foi aprovada em primeira votação, no dia 16 de fevereiro, e deveria ar por segunda votação hoje. Depois de aprovada, vai à sanção ou veto do governador Mauro Mendes (União Brasil).
Fonte: Repórter MT
