Na manhã deste domingo (18), o Papa Leão XIV protagonizou uma cena comovente durante a missa inaugural de seu pontificado. Ao receber o Anel do Pescador, símbolo supremo do poder papal, ele não conteve as lágrimas. O gesto, transmitido ao vivo para milhões de fiéis, não apenas marcou o início de seu papado, mas também reacendeu o interesse global por esse símbolo carregado de significado espiritual e histórico.
Anel do Pescador simboliza autoridade e missão espiritual
Desde o século XIII, a Igreja Católica utiliza o Anel do Pescador como um dos emblemas mais importantes da função papal. A peça traz gravada a imagem de São Pedro lançando suas redes, o que remete à pesca milagrosa narrada nos Evangelhos. Assim, o objeto representa não apenas o poder istrativo do Papa, mas também sua missão espiritual de conduzir os fiéis, como Pedro guiou os primeiros cristãos. Além disso, o anel serviu por séculos como selo oficial de documentos papais.
Tradição do anel reforça continuidade entre os pontífices
Durante a cerimônia, o colégio cardinalício testemunhou a entrega do anel a Leão XIV. Na sequência, o novo Papa ou a utilizá-lo em atos oficiais, como bênçãos e pronunciamentos. Historicamente, a Igreja destruía o anel de cada pontífice após sua morte, evitando falsificações de documentos. Hoje, mesmo que essa prática tenha perdido sua função prática, ela permanece como um ritual simbólico, reforçando a transição legítima entre papas. Portanto, a tradição ainda cumpre o papel de garantir a continuidade da liderança espiritual.
Leão XIV escolhe servir em vez de governar com rigidez
Em sua primeira homilia, o Papa destacou que seu ministério se baseará no serviço e na escuta. Segundo ele, o poder do Papa não está no trono, mas na capacidade de acolher e orientar. Por essa razão, ele adotou o nome Leão XIV, em homenagem a Leão XIII, conhecido por promover o diálogo entre fé e ciência. Aliás, sua trajetória em missões diplomáticas e regiões de conflito reforça seu compromisso com a paz e com a construção de pontes.
Perguntas frequentes
Papa João Paulo I quase aboliu o anel, mas usou-o brevemente.
Sim. O Vaticano mantém versões cerimoniais e reservas de segurança.
Em ocasiões formais, sim. No entanto, o Vaticano recomenda evitar filas e contato físico prolongado.