A Polícia Civil de Mato Grosso descobriu um dos crimes mais chocantes dos últimos meses em Cuiabá. A adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, morreu estrangulada e com os braços e mãos amarrados. Os criminosos jogaram o corpo da jovem em um poço no bairro Morada do Ouro. O padrasto da vítima, Benedito Anunciação Santana, de 40 anos, confessou o envolvimento e afirmou que planejou “dar um susto” na enteada, e não matá-la.
Durante o interrogatório na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva), Benedito tentou justificar o crime. Inicialmente, ele se manteve em silêncio. Em novo depoimento, itiu que levou o filho Gustavo Benedito, de 18 anos, e dois adolescentes — J.V.P.B., de 16, e J.L.F.G., de 17 — até a casa onde morava com a vítima e a mãe dela. Disse que saiu do local antes da execução do crime.
Investigação aponta participação ativa do padrasto
As provas e os depoimentos colhidos desmontaram a versão do padrasto. A Polícia confirmou que um dos adolescentes detidos confessou ter matado Heloysa por ordem direta de Benedito, com apoio do filho dele. O delegado Marcos Sampaio, que conduz a investigação, contestou a versão do acusado. “A ideia de ‘dar um susto’ é uma forma de minimizar o crime. Houve premeditação e execução planejada.”
As investigações indicam que Benedito permaneceu na cena do crime até confirmar a morte da adolescente. Depois, deixou o local para cumprir um compromisso de trabalho. A mãe da vítima, Suellen de Alencastro Arruda, escapou da morte porque chegou tarde em casa e estava acompanhada. “Ela seria a próxima”, afirmou o delegado.
Justiça acusa o grupo de feminicídio e roubo
O Ministério Público deve denunciar Benedito e o filho pelos crimes de feminicídio, roubo majorado e corrupção de menores. Os dois adolescentes responderão por atos infracionais equivalentes aos mesmos crimes, com exceção da corrupção.
Perguntas frequentes
O padrasto, Benedito Santana, confessou ter articulado o crime com ajuda do filho e de dois adolescentes.
Policiais localizaram o corpo dentro de um poço, com sinais de estrangulamento e amarrações, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá.
Segundo o padrasto, a ideia inicial era “dar um susto”, mas a polícia aponta premeditação e execução do feminicídio.