Uma paciente gravou, neste sábado (10), por volta das 12h, um Instagramque expõe a superlotação e o atraso no atendimento no Hospital Femina, em Cuiabá. Ela chegou ao local às 11h, retirou a senha e, até uma hora depois, ainda aguardava para ar pela triagem.
Hospital ignora reclamações e deixa pacientes sem resposta
Ao cobrar explicações sobre a demora, a paciente encontrou resistência na recepção. Segundo ela, os funcionários evitaram assumir a responsabilidade e apenas redirecionaram as queixas de um setor a outro. “Ninguém sabe o que está acontecendo. Ninguém resolve nada”, desabafou enquanto mostrava dezenas de pessoas sentadas e aglomeradas no espaço de espera.
As imagens revelam um cenário de desorganização: pacientes visivelmente desconfortáveis, cadeiras ocupadas e filas que ultraavam a capacidade física da sala.
Sistema de saúde privado também falha com o cidadão
Apesar de cobrar altos valores por serviços, o sistema privado de saúde também acumula episódios de negligência. O caso no Hospital Femina reforça essa crítica. A paciente, mesmo com o particular, sofreu com a mesma lentidão que muitos enfrentam no sistema público.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece prazos máximos para o atendimento. Para casos em pronto-socorro, a norma determina que a triagem ocorra de forma imediata e o atendimento seja iniciado em até quatro horas, dependendo da gravidade.
O Hospital Femina não divulgou qualquer posicionamento oficial sobre o ocorrido. A ausência de transparência gera ainda mais frustração entre os usuários, que não sabem a quem recorrer diante de situações como essa.
Perguntas frequentes
Não. A ANS exige triagem imediata e atendimento em até 4 horas, conforme a gravidade.
Registre a reclamação na ANS ou Procon e documente tudo com fotos e vídeos.
Sim. Se houver risco à saúde ou negligência comprovada, o paciente pode acionar a Justiça.