O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, provocou grande controvérsia ao ofender Guilherme Boulos, candidato apoiado pelo presidente Lula, com um insulto homofóbico. Durante a gravação de um vídeo na terça-feira (20), no camarim da dupla sertaneja Guilherme e Benuto, na Festa do Peão de Barretos, Marçal chamou Boulos de “veado”. O vídeo foi rapidamente compartilhado em suas redes sociais e, em poucas horas, gerou uma forte repercussão, tanto de apoio quanto de críticas.
Insulto homofóbico gera repercussão imediata
No vídeo, Marçal dirigiu o insulto homofóbico diretamente a Boulos, enquanto seus apoiadores aplaudiram o ataque. Além disso, alguns dos presentes fizeram gestos insinuando que Boulos fazia uso de drogas, ao ar a mão no nariz. Embora uma parcela dos eleitores de Marçal tenha reagido com entusiasmo à publicação, a linguagem homofóbica e as insinuações ofensivas rapidamente geraram críticas severas de grupos que defendem os direitos civis e a ética no discurso político.
Diversos críticos destacaram que o uso de insultos homofóbicos não apenas perpetua preconceitos, mas também intensifica a polarização política. Segundo eles, esse tipo de discurso desvia a atenção das propostas eleitorais e prejudica o debate democrático.
Reações e impacto na campanha de Pablo Marçal
A publicação do vídeo de Marçal gerou uma divisão clara entre a opinião pública. Enquanto seus apoiadores comemoraram a atitude agressiva do candidato, muitas pessoas expressaram preocupação, ressaltando que esse tipo de comportamento não apenas afasta o foco das questões políticas, mas também pode trazer consequências legais. Isso porque, conforme a legislação brasileira, tanto a homofobia quanto a difamação são crimes íveis de punição.
Até o momento, Guilherme Boulos não se pronunciou oficialmente sobre o incidente. No entanto, o ataque verbal de Pablo Marçal certamente aumenta a tensão no cenário eleitoral de São Paulo, além de intensificar ainda mais a polarização entre os candidatos e seus respectivos eleitores.
Crescente uso de discursos de ódio nas campanhas eleitorais
O uso de insultos homofóbicos e ataques pessoais nas campanhas eleitorais tem se tornado uma preocupação cada vez maior. A atitude de Pablo Marçal evidencia a necessidade de discutir os limites do discurso político no Brasil. Em vez de focar em propostas construtivas para a sociedade, o uso de ofensas pessoais e insinuações desvia o foco do debate público e prejudica a qualidade do processo eleitoral. Essas práticas enfraquecem a discussão sobre as questões importantes que afetam diretamente a população.