A Polícia Civil de Mato Grosso desarticulou um esquema de falsificação de diplomas em Rondonópolis, a 220 km de Cuiabá. A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) deflagrou a Operação Diploma Corrompido na terça-feira (8), após identificar que um técnico de informática vendia certificados falsos de ensino médio, cursos técnicos e até diplomas universitários.
O criminoso atuava diretamente dentro de escolas particulares, onde prestava serviços de manutenção. Com o aos sistemas internos, ele produzia documentos falsificados em nome de alunos matriculados. A Polícia também identificou uma mulher que intermediava as vendas e abordava estudantes oferecendo os certificados ilegais.
Durante a operação, os agentes encontraram diversos certificados falsos na residência do suspeito principal, todos com sinais evidentes de adulteração. A investigação aponta que a dupla atuava de forma sistemática, atingindo diferentes instituições da cidade.
Falsificação compromete ensino, concursos e mercado de trabalho
Os investigadores confirmaram que os documentos imitavam com precisão os modelos oficiais. Com isso, os criminosos permitiam que os compradores ingressassem em faculdades, disputassem vagas em concursos e assumissem cargos sem qualificação real.
A delegada responsável pela operação afirmou que o grupo violava a confiança nas instituições de ensino e ameaçava a integridade do mercado profissional, ao facilitar o o de pessoas sem formação verdadeira a funções que exigem qualificação.
A Derf classificou o caso como estelionato e falsificação de documento público — crimes previstos no Código Penal com penas que podem chegar a oito anos de prisão.
Falhas de segurança abriram caminho para o golpe
As escolas envolvidas delegaram a técnicos externos o controle de sistemas sensíveis, como matrículas e registros acadêmicos. Essa negligência facilitou a manipulação de dados e a criação de documentos fraudulentos. Em muitos casos, a ausência de protocolos de segurança digital permitiu o ir a arquivos sigilosos.
Casos como esse revelam falhas graves na fiscalização educacional. Investigações em outros estados já demonstraram que sites vendem diplomas falsos por valores entre R$ 300 e R$ 5 mil, segundo reportagens da BBC Brasil.
Perguntas frequentes
O técnico usava o o aos sistemas escolares para imprimir certificados com dados reais de alunos.
Alunos de escolas particulares, cooptados por uma intermediadora que oferecia os documentos ilegalmente.
A pessoa pode responder por estelionato, ser desclassificada de concursos e até perder o emprego.