Recentemente, duas onças-pintadas, Rio e Manath, destruíram uma câmera de monitoramento no Pantanal de Mato Grosso. O incidente, registrado pela fotógrafa e guia Fabricia Campello, chamou a atenção para o comportamento curioso desses animais. Como resultado, os pesquisadores enfrentam o desafio constante de proteger os equipamentos, conhecidos como “câmeras trap”, enquanto realizam estudos essenciais para a preservação ambiental.
Onças-pintadas atacam câmeras de monitoramento no Pantanal de Mato Grosso pic.twitter.com/5B0lHpatmJ
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) November 17, 2024
Por que as câmeras trap são indispensáveis?
As câmeras trap desempenham um papel essencial na pesquisa de fauna, já que fornecem dados valiosos sobre o comportamento e a interação entre as espécies. Conforme explicou Caroline Leuchtenberger, presidente do Projeto Ariranhas, esses dispositivos permitem identificar espécies raras, monitorar populações ameaçadas e avaliar os impactos causados por atividades humanas. Portanto, a coleta de informações com essas câmeras é indispensável para a conservação do Pantanal.
O que motiva os ataques das onças-pintadas?
Frequentemente, as onças-pintadas atacam as câmeras por pura curiosidade. De acordo com Abigail Martin, fundadora do projeto Jaguar Identification, esses felinos tendem a explorar objetos que consideram estranhos no ambiente. Assim, eles mordem, arranham ou até removem os dispositivos. Esse comportamento natural, embora compreensível, representa um obstáculo significativo para os pesquisadores.
Quais estratégias os pesquisadores estão adotando?
Diante desses desafios, os especialistas vêm desenvolvendo soluções para proteger as câmeras. Entre as medidas, destacam-se o reforço dos dispositivos e a instalação em locais de difícil o para os felinos. Ademais, o uso de novas tecnologias surge como uma alternativa promissora para aumentar a durabilidade dos equipamentos e garantir a continuidade das pesquisas.
Sem dúvida, o Pantanal, conhecido como um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, depende de iniciativas como o monitoramento com câmeras trap. Apesar dos desafios impostos pelo comportamento das onças-pintadas, os pesquisadores permanecem focados em aprimorar suas abordagens. Dessa forma, eles asseguram que a ciência continue contribuindo para a proteção e o manejo sustentável desse ecossistema único.