Nesta quinta-feira (10/10), a capital do Líbano, Beirute, sofreu uma nova ofensiva israelense que deixou 22 mortos e 117 feridos, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde do Líbano. O bombardeio, que atingiu duas regiões centrais da cidade, causou o colapso de um prédio, marcando a primeira vez que ataques de Israel chegaram ao centro de Beirute, uma área anteriormente poupada das ofensivas concentradas no sul.
Impacto devastador no centro de Beirute
As imagens que circularam após o ataque mostraram um cenário de caos no centro de Beirute, uma área historicamente movimentada e economicamente importante. A destruição de um prédio inteiro assustou os moradores, enquanto equipes de resgate foram mobilizadas para tentar localizar vítimas que poderiam estar presas sob os escombros.
A ampliação dos bombardeios israelenses para o centro da capital é vista como uma escalada significativa no conflito. Antes, os ataques se concentravam nas áreas periféricas de Beirute, onde o Hezbollah tem bases e exerce maior influência. Essa nova investida aumenta ainda mais as preocupações com a segurança dos civis e com a preservação da infraestrutura essencial da cidade.
Escalada no conflito com o Hezbollah
Desde o fim de setembro, Israel intensificou ataques contra o Líbano, concentrando as ações militares no Hezbollah, um grupo paramilitar xiita com forte presença no sul do país. Israel afirmou que esses ataques são essenciais para proteger os residentes do norte, que têm sofrido investidas do Hezbollah desde o início da guerra na Faixa de Gaza. O governo de Benjamin Netanyahu justificou as ofensivas como necessárias para garantir a segurança de civis israelenses próximos à fronteira. O governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, afirmou que essas ações visam impedir maiores danos aos civis israelenses nas áreas próximas à fronteira.
O bombardeio desta quinta-feira ocorre no contexto de uma série de ofensivas que, até o momento, já resultaram em mais de 2.000 mortos no Líbano, incluindo a morte do ex-líder do Hezbollah, Seyyed Hassan Nasrallah. A escalada dos ataques agora ameaça se expandir para outras áreas do Líbano, agravando ainda mais a tensão entre os dois países.
Ataques às estruturas da ONU no Líbano
Além do bombardeio ao centro de Beirute, Israel também atacou estruturas da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no sul do Líbano. A missão, chamada UNIFIL, tem como objetivo monitorar a fronteira entre Israel e o Líbano e manter a paz na região. No entanto, os recentes ataques israelenses comprometeram o trabalho da missão e indicam uma intensificação do conflito.
Até o momento, as Forças de Defesa de Israel (FDI) não se pronunciaram oficialmente sobre os bombardeios que atingiram o centro de Beirute. Esse silêncio deixa em aberto a possibilidade de novas ações militares, gerando ainda mais incertezas sobre os rumos do conflito.
Crescimento da tensão regional e preocupação internacional
A escalada dos ataques israelenses no Líbano tem gerado enorme preocupação internacional. Muitos temem que o aumento da violência possa desencadear uma crise humanitária ainda mais grave na região. O conflito, que antes se concentrava em áreas mais isoladas, agora atinge áreas densamente povoadas, o que pode aumentar significativamente o número de vítimas civis.
Especialistas em política internacional temem que o envolvimento de outras potências, como o Irã e os Estados Unidos, possa intensificar ainda mais o conflito. Os civis libaneses continuam sendo gravemente afetados, com suas casas destruídas e a infraestrutura do país colapsando. Isso coloca imensa pressão sobre os serviços de saúde e emergência.
