O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost inaugura um novo capítulo na história do Vaticano ao se tornar o novo Papa. Aos 69 anos, o ex-prefeito do Dicastério para os Bispos escolheu o nome de Leão XIV e conquistou a eleição no segundo dia de conclave, após quatro rodadas de votação. A fumaça branca tradicional na Capela Sistina confirmou a escolha e anunciou ao mundo uma liderança inédita: a de um papa nascido nos Estados Unidos.
Prevost tem trajetória sólida na Igreja. Missionário por mais de 20 anos no Peru, foi bispo de Chiclayo antes de ser chamado ao Vaticano. Sua experiência com comunidades da América Latina o torna um nome com forte apelo popular, mas também com potencial influência nas diretrizes políticas da Igreja.
A política vaticana sob novo comando
A eleição de Leão XIV não é só uma mudança espiritual, mas também política. O Vaticano é um Estado soberano com grande influência diplomática, e o novo papa já mostra vontade de dialogar mais com as grandes potências. Em seus primeiros discursos, Leão XIV focou no combate à desigualdade, nos refugiados e no papel da Igreja frente às mudanças climáticas — temas que muitas vezes conflitam com governos conservadores

O perfil do novo papa aponta para uma gestão firme, mas conciliadora, com ênfase em reformas internas e uma governança mais transparente, principalmente em relação às finanças da Santa Sé. A nomeação de figuras reformistas para cargos estratégicos nos próximos meses será determinante para entender os rumos de seu pontificado.
Impacto global e possíveis conflitos diplomáticos
A escolha de um papa norte-americano gera expectativas e desconfianças. Embora Leão XIV tenha afirmado que sua nacionalidade não influenciará suas decisões, governos de países historicamente adversários dos EUA já demonstram cautela. Especialistas em geopolítica vaticana também apontam que ele terá o desafio de manter a neutralidade da Igreja diante de conflitos internacionais, como a guerra na Ucrânia e a tensão entre Israel e Palestina.
Perguntas e respostas
Robert Francis Prevost, norte-americano, foi missionário no Peru e prefeito do Dicastério para os Bispos.
Porque é a primeira vez que um norte-americano assume o trono de São Pedro, com grande impacto diplomático.
Sim, o Vaticano tem peso moral e diplomático, e suas falas influenciam decisões e debates globais.