Um grupo de novos líderes do Judiciário de Mato Grosso nesta quinta-feira (18) ganhou contornos inusitados. O desembargador José Luiz Leite Lindote, empossado como corregedor-geral de Justiça, enfrentou um cenário delicado com a recente suspensão do auxílio-alimentação polêmico de R$ 10.055 para magistrados e servidores. A decisão, emitida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), deixou no ar perguntas e uma atmosfera de tensão.
“Não tenho o que falar, não participei”, afirma o novo corregedor do TJ
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) December 20, 2024
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Enquanto o novo presidente do Tribunal, José Zuquim Nogueira, optou por não falar com a imprensa, Lindote mostrou-se sucinto e evitou polêmicas. “A decisão do CNJ será cumprida”, afirmou, esquivando-se dos maiores comentários sobre um ato que ele destacou “não ter participado”. A firmeza de que você evita qualquer aprofundamento no tema reforça a complexidade da questão e os desdobramentos que ainda podem vir.
A polêmica do “vale-ceia”
A decisão de suspender o auxílio, apelidado de “vale-ceia”, veio à tona após uma medida da corregedoria nacional, que questionou o aumento específico do benefício em dezembro. Uma justificativa? Uma possível “desconfiguração” das rubricas previstas, o que manifestou suspeitas sobre o caráter excepcional da decisão. Com um impacto significativo na imagem do Judiciário estadual, a medida chamou a atenção para a transparência na gestão de benefícios públicos.
A desembargadora Clarice Claudino, que aprovou o provimento antes de deixar a carga, também não se pronunciou sobre o caso. Agora, cabe à nova gestão, que assume oficialmente em 1º de janeiro, responder às expectativas de maior clareza e austeridade.
Não há justificativa oficial detalhada; o CNJ considera o caso sigiloso.
Até agora, Lindote e Zuquim prometem tomar a decisão, mas evitam declarações enfáticas.
Especialistas acreditam que o caso pode influenciar debates sobre benefícios no setor público.