A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), protagonizou nesta sexta-feira (03) mais um capítulo de atritos com a Câmara Municipal ao rebater as cobranças do presidente da Casa, Wanderley Cerqueira (MDB), sobre a implementação do terceiro turno na Saúde do município. Apesar das críticas, Flávia reafirmou o compromisso, mas destacou que a medida só será possível após um ajuste financeiro rigoroso.
"Não serei irresponsável", Flávia rebate críticas e expõe herança de caos financeiro na cidade; veja video pic.twitter.com/UKMWRdS2H0
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) January 4, 2025
Promessa condicionada a desafios financeiros
Durante uma vistoria no Departamento de Água e Esgoto (DAE), Flávia destacou que a dívida herdada da gestão anterior, liderada por Kalil Baracat (MDB), é um dos principais entraves. Segundo a prefeita, os R$ 94 milhões de restos a pagar, além de notas fiscais não empenhadas, representam um desafio significativo para o município.
“Não serei irresponsável em ampliar serviços sem resolver as contas. É necessário ajustar todos os setores da prefeitura antes de assumir novos compromissos. A secretária de Saúde, Deisi Bocalon, está ciente disso e trabalhando incansavelmente”, afirmou Flávia.
A prefeita reforçou que o terceiro turno na Saúde faz parte do seu programa de governo e que será implantado dentro dos quatro anos de mandato, em uma resposta direta às pressões do presidente da Câmara.
Ironia e fiscalização ativa: novos tempos na política local?
Flávia também alfinetou os vereadores, indicando que a nova postura fiscalizadora é recente. “Finalmente os vereadores aprenderam a fiscalizar. Que bom que estão saindo dos gabinetes para ajudar na gestão pública”, declarou em tom ácido.
A prefeita ainda chamou atenção para o estado precário do DAE, atribuindo a situação à “herança” da istração ada. “O descaso é visível: teto caindo, estrutura improvisada. Estamos diante de uma gestão pública que precisa ser reconstruída”, concluiu.
Não, a prefeita condicionou a medida ao equilíbrio das contas públicas.
R$ 94 milhões de restos a pagar, além de notas fiscais não empenhadas.
Sim, mas alfinetou a postura recente, dizendo que só agora os vereadores estão fiscalizando ativos.