O secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia (União Brasil), não economizou nas palavras ao rebater críticas recentes envolvendo a liberação de emendas parlamentares. Em uma entrevista contundente nesta segunda-feira (05), Garcia afirmou que não aceita imposições nem ataques pessoais — e aproveitou o momento para desferir um ataque direto ao histórico da família Riva, uma das mais controversas da política mato-grossense.
“Não fui criado com dinheiro de corrupção”
Garcia defendeu sua integridade e rebateu as críticas que julgou exageradas: “Minha família nunca enriqueceu com corrupção.” Tenho orgulho da minha trajetória limpa e da minha origem honesta”, disse, em uma clara referência à família Riva, ligada a um grande esquema de corrupção no Legislativo estadual. A fala causou forte impacto nos bastidores do Palácio Paiaguás e deixou claro que a crise atual vai muito além de uma disputa por emendas: trata-se de um embate entre modelos distintos de fazer política. Garcia se posiciona como um gestor técnico, que rejeita o modelo clientelista de atuação parlamentar que, segundo ele, dominou Mato Grosso por décadas.
Resistência a pressões políticas
Fábio Garcia afirmou durante a entrevista que só liberará as emendas com base em critérios legais e técnicos, sem ceder a pressões políticas. “Não há privilégios comigo. Não usarei dinheiro público para agradar aliados ou alimentar vaidades”, declarou, criticando indiretamente a família Riva, conhecida por abusar do poder quando ocupava cargos no Legislativo estadual.
Discurso contra o racismo estrutural
Garcia também trouxe à tona um outro aspecto sensível da crise: o preconceito. Sem citar nomes, ele relatou que sua família foi alvo de insinuações com viés racista. “Não vou tolerar isso. Não basta combater a corrupção, é preciso também enfrentar o preconceito enraizado em setores da política”, afirmou, com firmeza.
Perguntas e respostas
“Não fui criado com dinheiro de corrupção”
Afirmou que seguirá critérios técnicos e que não aceitará pressões nem chantagens políticas.
Denunciou o racismo estrutural presente na política e afirmou que sua família foi alvo de falas discriminatórias.