No último sábado (29), uma perseguição da Polícia Militar terminou de forma violenta no distrito de São Sebastião do Pontal, em Carneirinho (MG). Conforme mostram as imagens de câmeras de segurança, uma viatura da PM colidiu com uma motocicleta conduzida por um adolescente de 16 anos, que transportava a tia, de 33 anos, na garupa. A cena, rápida e impactante, levanta dúvidas sobre os procedimentos adotados durante operações policiais em áreas urbanas.
Após desvio de blitz, fuga termina em colisão grave
Tudo começou quando o jovem avistou uma blitz da Polícia Militar na Avenida São Sebastião. Segundo informações da corporação, ele ignorou a ordem de parada e iniciou a fuga, mesmo sem possuir habilitação. Além disso, a motocicleta estava com a documentação irregular. Em seguida, a viatura iniciou a perseguição. Poucos metros depois, ao alcançar a moto, a viatura colidiu com os ocupantes, que foram arremessados ao chão com força.
Consequências físicas imediatas exigem atenção hospitalar
Em decorrência da colisão, os dois envolvidos sofreram ferimentos sérios. O adolescente apresentou fratura exposta na perna e também quebrou o braço. A mulher teve o braço fraturado. Imediatamente, equipes de socorro levaram ambos ao Hospital Municipal de Carneirinho, onde receberam atendimento de urgência. Por outro lado, até o momento, a Polícia Militar não se pronunciou oficialmente sobre a conduta dos policiais envolvidos na ação.
Cenário recorrente expõe falhas na fiscalização e nos protocolos
Embora este caso tenha ganhado repercussão, situações semelhantes ocorrem com frequência. De acordo com dados do Detran-MG, mais de 4 mil ocorrências envolvendo menores dirigindo foram registradas em 2023. Ou seja, a combinação de o facilitado a veículos, ausência de campanhas educativas e falhas na fiscalização contribui para o agravamento desse problema. Além disso, há questionamentos sobre a proporcionalidade das ações policiais em perseguições, principalmente quando envolvem motocicletas.
Perguntas frequentes
A PM deve agir com proporcionalidade e segurança, segundo diretrizes internas.
Educação, fiscalização efetiva e responsabilização dos responsáveis legais são medidas fundamentais.
Sim, existem protocolos, mas a aplicação varia conforme a situação e o treinamento dos agentes.