Uma mulher de 50 anos foi assassinada a tiros em plena luz do dia, no município de São João do Carú, interior do Maranhão. Câmeras de segurança flagraram toda a ação, que durou poucos segundos. A vítima, ao sair de casa, reconheceu o ex-marido na garupa de uma moto. Em seguida, ela tentou fugir, mas não teve chance. O crime reacende a urgência de discutir a violência de gênero no Brasil.
Imagens revelam sequência do ataque e a tentativa de fuga
Inicialmente, o vídeo mostra a mulher caminhando tranquilamente pela rua. Logo depois, dois homens em uma moto se aproximam. Assim que ela identifica o ex-companheiro, que estava na garupa, começa a correr. No entanto, o homem saca a arma e atira. Mesmo ferida, a vítima é socorrida por moradores e levada ao hospital. Entretanto, apesar dos esforços, ela não resiste aos ferimentos. Segundo a polícia, antes de morrer, ela conseguiu dizer que o autor dos disparos era o ex-marido, que agora está foragido.
Feminicídio em alta: estatísticas expõem realidade alarmante
Além da brutalidade, o caso chama atenção pelo padrão que se repete. De acordo com dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mais de 60% dos feminicídios são cometidos por parceiros ou ex-parceiros. Ou seja, a violência doméstica continua sendo uma das principais causas de morte entre mulheres. Ainda que leis de proteção existam, a aplicação dessas medidas esbarra em falhas estruturais, especialmente em cidades menores.
Denúncias anteriores indicam omissão do Estado
Conforme relatos de vizinhos, a vítima já havia denunciado o agressor anteriormente. Porém, a falta de fiscalização das medidas protetivas e a morosidade no atendimento às vítimas contribuíram para o desfecho trágico. Portanto, este caso reforça a necessidade de ações mais eficazes por parte do poder público, como o monitoramento eletrônico de agressores e o fortalecimento das redes de acolhimento.
Perguntas frequentes
Em muitos casos, o agressor se recusa a aceitar a autonomia da vítima e responde com violência extrema.
Falta de estrutura, baixa fiscalização e respostas lentas da Justiça contribuem para a repetição dos crimes.
É fundamental levar a sério qualquer sinal de ameaça, acolher a vítima e denunciar imediatamente às autoridades.