A esposa de Gilmar Machado da Costa, de 44 anos, divulgou um vídeo nas redes sociais afirmando que o marido foi executado durante a Operação Acqua Ilícita, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Cuiabá. A operação apura a atuação de integrantes do Comando Vermelho em um esquema de extorsão a comerciantes de água potável na capital.
Gilmar era alvo de mandado de prisão preventiva e também de busca e apreensão. Segundo os policiais envolvidos, ele portava uma pistola e reagiu à abordagem, o que motivou os disparos. A esposa, no entanto, sustenta outra versão.
“Ele estava dormindo comigo”: relato emocionado nas redes sociais
No vídeo publicado após a operação, a mulher afirma que a família dormia no momento da chegada da equipe policial. Ela conta que os agentes entraram na residência de forma repentina e mandaram todos ao chão.
“Fomos acordados pela polícia. Ele estava dormindo comigo. Colocaram a gente para baixo e o Gilmar ficou em cima. A gente só escutou os tiros”, relata. Segundo ela, não houve qualquer tipo de resistência por parte do marido. “Não estava armado. Foi uma execução. Foram seis tiros no peito. Peneiraram ele.”
Ainda no relato, a esposa descreve o impacto da ação no ambiente da casa e no emocional da família. “A parede do meu quarto está pipocada de bala. Foi tudo muito rápido. Ele não teve chance de reagir.”
Acusações e contexto da operação
Em tom de desabafo, a mulher reconhece que Gilmar possuía envolvimento com práticas ilícitas, mas faz questão de destacar aspectos pessoais e familiares do companheiro. “Ele fazia coisa errada, sim, mas tinha um coração de ouro. Foram 24 anos de convivência. A família inteira está sofrendo.”
O vídeo mobilizou dezenas de comentários e compartilhamentos, provocando reações de pessoas próximas ao casal e de usuários que pedem esclarecimentos sobre a operação.
Gaeco cumpria mandado em operação contra extorsão
A operação Acqua Ilícita, segundo o Ministério Público do Estado, visa desarticular uma célula do Comando Vermelho envolvida na extorsão de vendedores de água potável. Gilmar era um dos alvos com mandado de prisão expedido pela Justiça. Os agentes relataram que ele tentou sacar uma arma e, por isso, reagiram com disparos.
Até o momento, não há informações sobre abertura de inquérito específico para apurar as circunstâncias da morte. O Gaeco confirmou o cumprimento da operação, mas não comentou as declarações da esposa.
Perguntas frequentes
Suspeito de envolvimento com o Comando Vermelho e alvo da operação Acqua Ilícita em Cuiabá.
Segundo a esposa, não. Ela afirma que ele dormia e não estava armado.
Ela afirma que a polícia executou o marido com seis tiros no peito, sem chance de defesa.