Mudança no parecer do TCE sobre Emanuel Pinheiro: manobra ou justiça?

O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) aprovou as contas de 2022 do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, após inicialmente rejeitá-las. A decisão reverteu o parecer anterior, que apontava um rombo de R$ 1,2 bilhão. Essa mudança gerou polêmica e intensificou os questionamentos sobre a transparência e autonomia do tribunal. Descubra os detalhes dessa reviravolta e seus desdobramentos.

Reversão polêmica no TCE

O TCE decidiu aprovar as contas com cinco votos favoráveis. Segundo o relator Valter Albano, o aumento nos gastos com saúde justificou a revisão. Embora o déficit permanecesse elevado, o cumprimento de critérios mínimos, como investimentos em saúde e educação, foi decisivo. Contudo, críticas surgiram rapidamente, questionando se a decisão foi técnica ou política.

Saúde pública: a justificativa para o déficit

O principal argumento usado para reverter o parecer foi o aumento de 46,46% nos gastos de saúde. De acordo com Emanuel Pinheiro, Cuiabá precisou atender pacientes de outros municípios, sem receber os recursos necessários. Enquanto isso, os rees federais e estaduais cresceram apenas 32,56%, criando um desequilíbrio. Esse fator foi considerado atenuante para o déficit.

Votação dividida no plenário

A decisão expôs uma divisão clara no tribunal. O conselheiro Antônio Joaquim manteve o voto pela reprovação, considerando o déficit uma irregularidade grave. Por outro lado, a maioria dos conselheiros, incluindo Albano, alegou que o contexto justificava a aprovação. Essa divergência reforçou o debate sobre a influência de questões políticas no tribunal.Agora, o parecer segue para a Câmara de Vereadores, que terá a última palavra.

Perguntas frequentes
Por que o TCE mudou o parecer sobre as contas do prefeito Emanuel?

A mudança foi baseada em “atenuantes” que justificaria a aprovação, apesar do déficit.

Qual foi o valor do rombo nas contas de Cuiabá?

O déficit registrado foi de aproximadamente R$ 1,2 bilhão.

O TCE pode reprovar as contas novamente?

Não, mas o parecer final cabe à Câmara de Vereadores.

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