Morto em operação, Gilmar Machado recebe homenagem com fogos de artifício no bairro Nova Conquista; veja vídeo

Morto em operação, Gilmar Machado recebe homenagem com fogos no bairro Nova Conquista; veja vídeo

Na noite da última quinta-feira (20), moradores do bairro Nova Conquista, em Cuiabá, soltaram fogos de artifício em homenagem a Gilmar Machado da Costa, conhecido como “Gilmarzinho”. O vídeo da celebração se espalhou rapidamente pelas redes sociais e gerou repercussão devido ao perfil do homenageado.

Gilmar morreu horas antes, pela manhã, durante a Operação Acqua Ilícita, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele teria reagido à abordagem policial, o que levou à troca de tiros que resultou em sua morte.

Comunidade reagiu com tributo polêmico

Assim que a notícia da morte se espalhou, moradores do bairro decidiram expressar seu pesar com uma sequência de fogos, registrada em vídeo por populares. Muitos consideravam Gilmar uma liderança local, e, por isso, decidiram homenageá-lo publicamente, apesar do seu envolvimento com uma das maiores facções criminosas do Estado.

Embora a reação popular tenha sido de apoio, as autoridades destacaram que Gilmar acumulava condenações por tráfico de drogas, sendo considerado uma das principais lideranças do Comando Vermelho na região. Além disso, em fevereiro de 2024, a Câmara Municipal de Cuiabá aprovou uma moção de aplausos ao nome dele, por iniciativa do vereador Jefferson Siqueira (PSD), sob a justificativa de atuação comunitária.

Gaeco reagiu com força e desarticulou parte da organização

Durante a operação, que ocorreu simultaneamente em Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop, os agentes cumpriram mandados de busca, prisão e sequestro de bens. Ao todo, eles mobilizaram 340 policiais militares e 60 agentes do Gaeco, demonstrando a dimensão da força-tarefa.

Os policiais descobriram que a organização criminosa obrigava comerciantes da Baixada Cuiabana a adquirir água mineral superfaturada, além de impor o pagamento de uma taxa adicional de R$ 1 por garrafão. A facção, segundo as investigações, ampliava sua influência por meio da coação direta e da lavagem de dinheiro.

Durante a ação, além de Gilmarzinho, os agentes também mataram Fábio Júnior Batista Pires, conhecido como “Farrame”, apontado como braço-direito de “Sandro Louco”, um dos principais chefes da facção em Mato Grosso.

Repercussão política aumentou após divulgação do vídeo

Com a divulgação do vídeo dos fogos, o debate se intensificou. Internautas questionaram o impacto da atuação de facções nas comunidades. Parlamentares também reagiram. O vereador Rafael Ranalli (PL) criticou a homenagem feita anteriormente a Gilmar, afirmando que não se pode aplaudir publicamente um indivíduo com histórico de envolvimento no crime organizado.

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Perguntas frequentes

Por que os moradores soltaram fogos após a morte de Gilmar?

Eles prestaram uma homenagem por considerarem Gilmar uma liderança comunitária, apesar de sua ligação com o crime organizado.

Qual era o objetivo da Operação Acqua Ilícita?

Os agentes do Gaeco buscaram desarticular uma facção que extorquia comerciantes e praticava lavagem de dinheiro através da venda forçada de água mineral.

Quem mais morreu na operação além de Gilmar?

A polícia também matou Fábio Júnior Batista Pires, o “Farrame”, considerado um dos homens de confiança do líder da facção, Sandro Louco.

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