Morre Wlamir Marques, a lenda que fez o Brasil brilhar no basquete mundial

Morre Wlamir Marques, a lenda que fez o Brasil brilhar no basquete mundial

O mundo do basquete brasileiro perdeu um de seus maiores ícones nesta terça-feira, 18 de março de 2025. Wlamir Marques, conhecido como “Diabo Loiro” e “Disco Voador”, morreu aos 87 anos em São Paulo. Internado no Hospital Santa Maggiore, ele recebeu cuidados médicos, mas a causa da morte ainda não foi divulgada.

Uma lenda que revolucionou o basquete brasileiro

Desde cedo, Wlamir Marques demonstrou um talento incomum para o esporte. Nascido em 16 de julho de 1937, em São Vicente, litoral paulista, ele praticou vários esportes antes de se dedicar ao basquete. Aos dez anos, decidiu pular o muro do Clube Tumiaru e se apaixonou pelo esporte que o levaria à glória.

Sua habilidade chamou a atenção rapidamente. Assim, ele se transferiu para o XV de Piracicaba, onde conquistou seus primeiros títulos estaduais. Logo depois, em 1962, assinou contrato com o Corinthians, clube que se tornou sua segunda casa. Durante os dez anos em que vestiu a camisa alvinegra, Wlamir conquistou títulos importantes, como três Sul-Americanos, três Brasileiros e cinco Paulistas. Em reconhecimento à sua história, o Corinthians batizou seu ginásio com o nome do ex-jogador em 2016.

Brilho na seleção brasileira

O talento de Wlamir não ou despercebido na seleção brasileira. Com a camisa verde e amarela, ele brilhou intensamente. Em 1959 e 1963, ajudou o Brasil a conquistar o bicampeonato mundial. Nas Olimpíadas de Roma, em 1960, e Tóquio, em 1964, garantiu duas medalhas de bronze. Durante 17 anos, vestiu a camisa do Brasil e protagonizou momentos históricos.

Wlamir se destacou por sua versatilidade. Ele jogou em todas as posições da quadra, atuando como pivô, ala e armador. Sua velocidade e técnica refinada o tornaram uma referência para gerações futuras. Além disso, seu apelido “Disco Voador” surgiu devido à sua capacidade impressionante de saltar mais de seis metros em extensão, cobrindo grandes espaços sem precisar driblar.

Homenagens e legado eterno

Mesmo após encerrar sua carreira como jogador, Wlamir permaneceu ligado ao basquete. Ele se formou em Educação Física e se tornou técnico, comandando equipes masculinas e femininas. Também trabalhou como comentarista esportivo e professor universitário. Em 2018, o Corinthians aposentou sua camisa 5, um gesto que eternizou sua história no clube. Na ocasião, emocionado, ele declarou: “Da minha parte me faltam palavras para agradecer as tantas homenagens, realmente sou um cara escolhido por Deus. Ali naquele ginásio meu peito pulsa amor e felicidade. Sinto que ali ainda sou alguém. Infelizmente para os futuros atletas, aquela camisa de número 5 foi eternizada, ninguém mais poderá vesti-la, a última me foi ofertada”.

Em 2020, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) batizou com seu nome o troféu de melhor jogador do Campeonato Brasileiro Adulto. Sua carreira também inspirou a criação da Copa Intercontinental de Clubes, após sua histórica atuação contra o Real Madrid em 1965. Naquele jogo, ele marcou 51 pontos e levou o Corinthians à vitória.

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Perguntas frequentes

​Por que Wlamir Marques era chamado de “Diabo Loiro” e “Disco Voador”?

Devido à sua agilidade e habilidade em quadra, que o faziam parecer “voar” durante as partidas.

​Quantos títulos mundiais Wlamir Marques conquistou com a seleção brasileira?

Dois títulos mundiais, em 1959 e 1963.

​Qual clube homenageou Wlamir batizando seu ginásio com o nome dele?

O Corinthians, em 2016.

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