Moradores de Várzea Grande ingressaram com um ação popular ambiental com pedido de liminar contra a Marfrig Global. Eles estão com receio de volta da graxaria da empresa, um sistema utilizado para processar restos de animais abatidos em gorduras, farinhas e outros subprodutos e que poderá gerar mau cheiro na região.
A ação pede que sejam suspensas as obras graxaria que é construída na Marfrig Global, no bairro Alameda em Várzea Grande.
Segundo moradores e comerciantes que estão há anos na região, antigamente, quando existia o sistema de processamento dos restos de animais, o cheiro ruim da empresa se espalhava por vários quilômetros, principalmente à noite.

“Moro aqui há pelo menos 50 anos. Peguei esse tempo quem esse cheiro exalava no bairro. Mas o fedor vinha mais para a parte de baixo do bairro Alameda. O pessoal lá era mais afetado, bem próximo à Sadia. Eles eram mais prejudicados ainda, principalmente entre os horários de 18h, 19 horas”, conta a moradora, em entrevista ao programa do POP, na TV Cidade Verde.
A advogada Fayrouz Arfox, que move a ação popular a pedido dos moradores e empresários da região, explicou que eles a procuraram em busca de impedir a nova instalação da graxaria no local.
“É impraticável que esse tipo de instalação seja feito dentro de uma cidade. Esse local é extremamente populoso”, detalhou a advogada. Por conta disso, a Superintendência de Infraestrutura, Mineração, Indústria e Serviço (Suimis) havia emitido a suspensão das obras.
O órgão relata que o frigorífico já incorreu em diversas irregularidades na sua operação, o qual já acertou em um termo de ajustamento de conduta (TAC) frente ao maior domínio dos dispositivos de controle ambiental. No total, a pasta aponta oito situações para suspender a licença prévia de instalação.
Via Capital Notícia