Na manhã desta terça-feira (13), um morador de rua de 42 anos foi atropelado após dormir sob um carro estacionado na movimentada Avenida da FEB, em Várzea Grande (MT). O caso, além de inusitado, levanta uma série de reflexões sobre a negligência das autoridades frente à população em situação de rua.
Proteção improvisada termina em acidente grave
Para se proteger do sol forte e do calor extremo, o homem escolheu deitar sob um veículo parado. No entanto, assim que o motorista deu partida, acabou ando por cima do morador, sem saber que havia alguém ali. De imediato, testemunhas acionaram o Samu, que prestou socorro. Os paramédicos levaram a vítima ao Pronto-Socorro Municipal com suspeita de fratura na perna. Embora o estado de saúde exija atenção, ele não corre risco de morte.
População de rua cresce e expõe riscos diários
Nos últimos anos, o número de pessoas vivendo nas ruas aumentou consideravelmente. De acordo com o Ipea, o crescimento foi de 38% entre 2019 e 2022. Em Várzea Grande, embora os dados atualizados sejam escassos, organizações sociais afirmam que o problema está visível nas principais vias e praças da cidade. Consequentemente, muitos usam locais inusitados, como a parte de baixo de carros, para tentar se proteger do clima e da violência urbana.
Ausência de políticas públicas agrava vulnerabilidade
Diante de episódios como esse, fica evidente que a cidade não possui infraestrutura adequada para acolher pessoas em situação de rua. Embora existam iniciativas isoladas, faltam centros de acolhimento permanentes, ações de reinserção social e políticas de saúde pública integradas. Além disso, a ausência de diálogo entre os órgãos públicos e as entidades sociais impede avanços consistentes. Como resultado, tragédias evitáveis continuam acontecendo.
Perguntas frequentes
Porque o sistema de acolhimento atual é insuficiente e falho.
Precisam investir em políticas públicas contínuas e eficazes.
Criando abrigos seguros, ampliando serviços sociais e mapeando os pontos de risco.