Ministro Moraes suspende visitas a ‘kid preto’ investigado após eletrônicos serem encontrados em panetone levado pela irmã

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (30) suspender as visitas ao tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo. A decisão veio logo depois que agentes flagraram a irmã do militar tentando esconder equipamentos eletrônicos dentro de uma caixa de panetone durante uma visita ao batalhão. Veja o vídeo para entender quem são os ‘kids pretos’:

Ministro Moraes suspende visitas a 'kid preto' investigado após eletrônicos serem encontrados em panetone levado pela irmã

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— perrenguematogrosso (@perrenguemt) December 30, 2024

Eletrônicos no panetone: a revista que mudou tudo

No dia 28 de dezembro, a irmã de Azevedo chegou ao 1º Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, carregando uma caixa de panetone. Quando os agentes aram o pacote pelo detector de metais, o equipamento sinalizou a presença de itens incomuns. Questionada pelos agentes, a mulher afirmou que o objeto metálico era apenas um fone de ouvido. Contudo, ao abrirem a caixa, os agentes encontraram um cabo USB, um cartão de memória e o fone de ouvido.

Os agentes apreenderam imediatamente os itens e encaminharam o material para o Pelotão de Investigações Criminais (PIC). Esse episódio levantou suspeitas de que o militar estava tentando estabelecer comunicação externa de forma irregular. Com isso, o ministro Moraes decidiu reforçar as restrições, proibindo temporariamente qualquer visita ao tenente-coronel.

Quem são os “kids pretos” e por que estão sob investigação?

Rodrigo Bezerra integra o grupo conhecido como “kids pretos”, composto por militares especialistas em operações especiais. Esse grupo, criado em 1957, opera em missões altamente estratégicas e secretas. Contudo, em novembro de 2022, as investigações da Polícia Federal apontaram alguns de seus integrantes como suspeitos de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As autoridades descobriram que Azevedo utilizava telefones com codinomes para planejar as ações. Em novembro, ele foi preso na operação Contragolpe e, em dezembro, transferido para Brasília.