Um momento de tensão marcou a audiência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nesta semana, durante reunião da Comissão de Infraestrutura do Senado. O encontro, que deveria tratar de temas como licenciamento ambiental e obras em rodovias federais, foi interrompido após embates entre a ministra e senadores opositores.
A principal discussão ocorreu em torno das obras da BR-319, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM). Os senadores Marcos Rogério (PL-RO), Plínio Valério (PSDB-AM) e Omar Aziz (PSD-AM) acusaram o Ministério do Meio Ambiente de impedir o desenvolvimento da região. Marina, por sua vez, argumentou que há falta de estudos técnicos e impactos ambientais não resolvidos.
Interrupções e retaliações
Durante sua fala, Marina teve o microfone cortado por Marcos Rogério, que preside a comissão. Em resposta às interrupções, a ministra declarou: “O senhor gostaria é que eu fosse uma mulher submissa. Eu não sou”. O senador rebateu com a frase: “Me respeite, se ponha no seu lugar”.
Após o embate, a ministra exigiu um pedido formal de desculpas para permanecer na audiência. Diante da recusa, deixou a sessão, gerando críticas e apoio nas redes sociais e entre parlamentares.
Impactos políticos e institucionais
O episódio levanta questionamentos sobre o diálogo entre o governo federal e o Congresso em pautas ambientais. O Ministério defende a necessidade de estudos robustos antes da liberação das obras.
Especialistas alertam que o embate pode comprometer avanços em políticas ambientais e gerar desgaste entre o Executivo e o Legislativo. A ausência de consenso sobre projetos de infraestrutura na Amazônia continua sendo um dos maiores desafios para o desenvolvimento sustentável da região.
Perguntas e respostas
Por que Marina Silva saiu da audiência?
Ela exigiu um pedido de desculpas após ser interrompida e desrespeitada por senadores.
Qual era o tema central da reunião?
As obras da BR-319 e questões ligadas ao meio ambiente na Amazônia.
O que acontece agora?
O ime pode gerar repercussões políticas e pressionar o governo a negociar com o Senado.