Quase uma década após a maior tragédia da história da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, o atacante Hulk quebrou o silêncio e relembrou o ambiente devastador no vestiário após a goleada de 7 a 1 sofrida diante da Alemanha, em pleno Mineirão, na semifinal do Mundial de 2014. Durante participação no Charla Podcast, no YouTube, o jogador do Atlético-MG revelou que o clima era de completo abatimento entre os jogadores.
— Se você olhar o jogo, a gente criou uma jogada que o Fred quase fez o gol e se marca ali era outro jogo. De repente, a gente toma um gol e as coisas acontecem. Eu não consigo explicar, só me recordo de entrar no vestiário depois do jogo e era um ambiente de velório — contou Hulk, revelado pelo Vitória.
Escalação surpreendeu jogadores
Ainda na entrevista, o atacante afirmou que o técnico Luiz Felipe Scolari poderia ter adotado uma estratégia mais defensiva, sobretudo diante de um time tão técnico e intenso quanto a Alemanha. Segundo ele, a própria preparação indicava outra formação.
— Pra mim, a melhor opção era jogar com um a mais no meio, independentemente de quem ele tirasse na frente (Neymar estava fora, por contusão). Treinamos e a maioria dos atletas achava que ia entrar com quatro no meio contra a Alemanha, um time que envolvia muitos jogadores no meio de campo. Treinamos assim e, no final do treino, colocou o Bernard como ponta e eu do outro lado, com três atacantes. Quando chegou o jogo, na preleção, ele disse que colocaria o Bernard. Ele tava voando, é um craque como jogador e pessoa — relatou.
Hulk começou como titular naquela fatídica semifinal, e a derrota, segundo ele, deixou marcas profundas em todos os envolvidos. A expectativa de alcançar a final em casa, unida à ausência de Neymar, potencializou o colapso emocional e tático da equipe.
A carreira depois do trauma
Embora o episódio tenha sido profundamente traumático, Hulk, por outro lado, conseguiu construir uma carreira internacional sólida e respeitada. Ao longo dos anos, além de atuar por Vitória e Atlético-MG, o atacante também defendeu clubes no Japão, em Portugal, na Rússia e na China — experiências que contribuíram significativamente para sua evolução como atleta. Desde 2021, ele veste a camisa do Galo, onde continua demonstrando alto nível de desempenho. Na última temporada, por exemplo, Hulk disputou 53 partidas, marcou 19 gols e ainda distribuiu 12 assistências — números que, portanto, comprovam não apenas sua longevidade, mas também sua relevância e consistência em campo.
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Perguntas frequentes
Segundo o atacante, o ambiente era de velório, com todos em estado de choque.
Sim. Ele afirmou que a maioria dos jogadores esperava uma formação com mais um homem no meio, mas o técnico optou por três atacantes.
Ele defende o Atlético-MG, onde jogou 53 partidas na última temporada, marcou 19 gols e deu 12 assistências.