Uma nova moda entre crianças e adolescentes nas redes sociais vem causando preocupação crescente entre profissionais da saúde. Trata-se de uma “brincadeira” em que os participantes dão pancadas uns nos outros na cabeça, seja com as mãos ou com objetos leves. Embora pareça inofensiva à primeira vista, essa prática pode provocar consequências graves, de acordo com especialistas em neurologia e pediatria.
Mesmo com aparência inofensiva, impactos geram riscos silenciosos
A princípio, os adolescentes podem encarar essa brincadeira como uma forma de diversão. No entanto, especialistas alertam que qualquer pancada na cabeça, mesmo de baixa intensidade, pode causar a ruptura de vasos sanguíneos entre o crânio e o cérebro. Como resultado, formam-se hematomas internos que pressionam áreas sensíveis do sistema nervoso central, o que pode gerar sérias complicações, como convulsões, desmaios e até risco de morte.
Além disso, é importante lembrar que os sintomas nem sempre aparecem imediatamente. Em muitos casos, as alterações cerebrais se manifestam dias depois, dificultando o diagnóstico precoce. Portanto, os profissionais recomendam que qualquer queixa após uma pancada, por mais leve que seja, seja levada a sério.
Visão e audição também entram na lista de possíveis danos
Além dos danos cerebrais, pancadas na cabeça podem comprometer funções sensoriais essenciais. Por exemplo, nervos ligados à visão e à audição podem ser afetados, gerando quadros de visão turva, perda de audição ou zumbido constante. Segundo relatos médicos, até mesmo lesões irreversíveis podem ocorrer quando os traumas se repetem com frequência.
Dessa forma, é fundamental observar qualquer mudança de comportamento ou sintomas após o envolvimento em tais brincadeiras.
Pais e escolas devem agir antes que o pior aconteça
Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância da ação imediata de pais, responsáveis e instituições de ensino. Primeiramente, o diálogo claro com as crianças deve deixar evidente que esse tipo de atitude não representa uma simples brincadeira, mas sim um risco real à saúde.
Além disso, as escolas precisam intensificar campanhas de conscientização, promovendo debates e atividades que incentivem o respeito e a prevenção da violência disfarçada de diversão. Somente por meio da informação e do exemplo, será possível conter a disseminação de práticas perigosas como essa.
Perguntas frequentes
Porque ela pode causar hematomas internos que pressionam o cérebro e afetam funções vitais.
Tontura, dor de cabeça persistente, confusão mental, visão turva e zumbido no ouvido.
Conversar abertamente com os jovens, mostrar os riscos reais e promover ações educativas nas escolas.