Médico foge ao ser flagrado em corrida nas ruas durante jornada de trabalho em hospital. Veja vídeo:

Médico foge ao ser flagrado em corrida nas ruas durante jornada de trabalho em hospital

Uma investigação do SBT revelou que médicos em um dos maiores hospitais públicos de São Paulo marcaram presença no relógio de ponto e, em seguida, abandonaram seus postos sem cumprir a jornada de trabalho. A reportagem capturou imagens desses profissionais saindo do hospital logo após registrar o ponto, expondo uma prática conhecida como “farra do ponto”, o que prejudica diretamente o atendimento aos pacientes.

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Descumprimento da jornada de trabalho

Os médicos flagrados receberam quase R$ 20 mil mensais e, durante o horário de trabalho, saíram do hospital para realizar atividades pessoais. Um dos médicos foi até o supermercado para fazer compras, enquanto outro marcou o ponto e saiu imediatamente para correr nas proximidades do hospital. As câmeras de segurança capturaram essas cenas que revelam o descaso com os compromissos profissionais e com a saúde dos pacientes.

Em outras partes do Brasil, como em Sorocaba, investigações anteriores também encontraram profissionais que deixavam o hospital após registrar o ponto, retornando apenas para bater o ponto de saída. Isso configura fraude e pode resultar em acusações criminais de estelionato.

Prejuízo ao sistema de saúde e resposta das autoridades

As atitudes desses profissionais sobrecarregam os colegas e aumentam o tempo de espera dos pacientes, que ficam sem o atendimento necessário. A população, que já enfrenta dificuldades no o a serviços de saúde, acaba sendo ainda mais prejudicada quando casos como esses acontecem. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) iniciou uma investigação para apurar o ocorrido, enquanto o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) anunciou que abrirá uma sindicância para averiguar a conduta dos médicos envolvidos.

Investigações e possíveis penalidades

O Cremesp, que regula a conduta médica no estado, já começou a reunir provas para processar os envolvidos. As penalidades variam desde advertências até a suspensão do direito de exercer a medicina. Os médicos também podem responder criminalmente por estelionato, já que obtiveram ganhos financeiros indevidos ao não cumprirem suas obrigações de trabalho.

Além das ações do Cremesp, a Secretaria de Saúde de São Paulo afirmou que cooperará com as investigações, fornecendo todos os dados e documentos necessários para esclarecer os fatos. A expectativa é de que medidas preventivas sejam implementadas para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer.

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