O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), declarou nesta semana que o Brasil precisa reconhecer as facções criminosas como verdadeiras organizações terroristas. A fala ocorreu após a revelação de que os Estados Unidos sugeriram ao governo brasileiro que adotasse essa classificação. Segundo Mendes, a recusa do governo federal representa um erro grave diante da escalada da violência no país.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o governador afirmou que essas facções têm agido com extrema brutalidade, cometendo crimes que, em sua visão, se encaixam no conceito de terrorismo. Ele também cobrou do Congresso Nacional uma revisão urgente do Código Penal Brasileiro.
Facções impõem medo com métodos violentos
Mendes relatou que as facções não apenas traficam drogas ou comandam esquemas de extorsão. Segundo ele, esses grupos também praticam atos cruéis como decapitações, assassinatos diante de familiares e mutilações. “Isso é terrorismo. É esparramar o medo, é aterrorizar a população”, declarou.
O governador destacou que o medo imposto por essas organizações já modificou o cotidiano de milhares de brasileiros. Para ele, o Estado precisa reagir com firmeza e clareza, reconhecendo que as facções exercem poder territorial e psicológico semelhante ao de grupos extremistas internacionais.
Código Penal de 1940 é alvo de críticas
Durante o discurso, Mauro Mendes também criticou a legislação penal brasileira. Ele ressaltou que o Código Penal atual, criado em 1940, já não responde aos desafios da criminalidade moderna. Segundo o governador, o Brasil precisa de leis mais duras e atualizadas, capazes de enfrentar a complexidade do crime organizado.
“Quem faz as leis é o Congresso. E o que estamos esperando para mudar? O povo já não aguenta mais viver com medo”, afirmou. Ele pediu aos eleitores que cobrem de senadores e deputados federais uma ação imediata para endurecer a legislação.
Proposta internacional escancara debate sobre segurança
O governador reagiu com indignação à notícia de que o Brasil recusou a proposta feita pelo governo dos EUA. A ideia era incluir formalmente as facções na lista de organizações terroristas, algo que o Brasil não aceitou sob justificativa de que a legislação atual não prevê esse enquadramento.
Mauro Mendes questionou essa decisão e afirmou que a sociedade brasileira já reconhece as facções como grupos terroristas na prática. “Se lá fora a gente condena o terrorismo, por que aceita o terror aqui dentro?”, concluiu.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Ele defendeu que sejam reconhecidas como organizações terroristas.
Porque considera o Código Penal antigo e insuficiente para combater o crime organizado.
Que atualize as leis penais e adote medidas mais duras contra facções criminosas.