Recentemente, um vídeo publicado nas redes sociais capturou a atenção de milhares de usuários. Nele, uma mulher aparece preparando sua boneca reborn para o que ela chama de “primeiro dia de aula”. Com uniforme, mochila e lancheira recheada de frutas e suco, a cena, à primeira vista, pode parecer apenas inusitada. No entanto, o vídeo rapidamente se espalhou pela internet e reacendeu debates sobre saúde mental, vínculos emocionais e os limites entre o real e o imaginário.
Quando a brincadeira vira rotina emocional
De forma cuidadosa e detalhada, a mulher que protagoniza o vídeo descreve os preparativos como se fossem parte de um cotidiano materno real. Nesse sentido, o tom afetuoso com que ela trata a boneca ultraa o universo do colecionismo e entra no campo simbólico da maternidade simulada. Por isso, muitos espectadores enxergaram ali uma tentativa de preencher um vazio emocional. Por outro lado, há quem tenha visto na atitude apenas uma expressão criativa e inofensiva de afeto.
Reações mostram choque, empatia e julgamento
Diante da repercussão, as redes sociais se dividiram. Enquanto alguns internautas expressaram apoio, defendendo o direito da mulher viver como quiser, outros reagiram com estranhamento ou até ironia. Frases como “ela precisa de ajuda” e “será que a boneca vai fazer prova?” se multiplicaram nos comentários. Ainda assim, uma parte significativa do público argumentou que, se não há prejuízo a ninguém, não há motivo para condenação. Isso demonstra, acima de tudo, que o tema ainda provoca desconforto e resistência.
Setor de reborns cresce, mas especialistas pedem atenção
Além da repercussão emocional, o episódio joga luz sobre um mercado em plena expansão. Segundo estimativas, o setor de bonecas reborn movimentou mais de US$ 25 milhões nos Estados Unidos em 2024. Ainda que o colecionismo seja uma prática antiga, o uso dessas bonecas como substitutas simbólicas de filhos tem gerado questionamentos. De acordo com especialistas em saúde mental, embora o uso terapêutico seja válido especialmente em casos de luto ou demência, o comportamento precisa de acompanhamento quando começa a interferir nas relações sociais e rotinas cotidianas.
Perguntas frequentes
Quando ela a a distorcer a percepção da realidade ou isola a pessoa socialmente.
Até certo ponto, sim. Contudo, o equilíbrio emocional exige contato com o real.
Porque desafia normas culturais e revela o quanto ainda somos intolerantes com o diferente.