Mãe elefante se recusa a deixar filhote morto após atropelamento e tenta salvá-lo por cinco horas; veja vídeo

Mãe elefante se recusa a deixar filhote morto após atropelamento e tenta salvá-lo por cinco horas

No coração da reserva florestal Belum-Temmengor, na Malásia, uma cena comovente mobilizou as redes sociais e despertou o debate ambiental: uma mãe elefante permaneceu ao lado do corpo do seu filhote por cinco horas após o animal ter sido atropelado por um caminhão de 10 toneladas. Desde então, o episódio ou a ser símbolo da negligência histórica com a fauna silvestre em áreas de expansão rodoviária.

Desespero animal diante da máquina humana

De acordo com testemunhas, a elefanta empurrou o caminhão com o corpo, utilizando a cabeça e as patas, em uma tentativa insistente de alcançar o filhote, que estava preso sob o veículo. O animal, com aproximadamente cinco anos, já estava morto no momento da colisão. Segundo a polícia local, o motorista – um homem de 28 anos – relatou que desviava de outro elefante adulto quando, inesperadamente, o filhote surgiu na pista. A neblina intensa e a ausência de iluminação, ainda conforme as autoridades, contribuíram para que o impacto fosse inevitável. Por isso, o condutor foi isento de responsabilidade criminal.

Estradas que cortam florestas ampliam o risco

Embora o avanço das rodovias seja frequentemente associado ao desenvolvimento econômico, ele tem imposto um custo alto à biodiversidade. Só na Ásia, estima-se que mais de 120 elefantes morram anualmente vítimas de atropelamentos, segundo dados da Wildlife Conservation Society. Na Malásia, a reserva de Belum-Temmengor abriga centenas de espécies ameaçadas, mas ainda carece de sinalização adequada, lombadas ou agens de fauna. Como resultado, animais continuam a cruzar estradas sem qualquer proteção, repetindo tragédias que poderiam ser evitadas.

Promessas políticas não saem do papel

Apesar de diversos anúncios feitos por órgãos ambientais malaios, como o projeto de implementação de “corredores ecológicos”, a realidade no local continua a mesma. A maioria das medidas segue em fase de estudo ou depende de parcerias internacionais. Organizações não governamentais cobram há anos ações simples, como a instalação de radares de velocidade, sensores de movimento e agens subterrâneas. No entanto, a lentidão burocrática e a falta de prioridade política mantêm a vida animal vulnerável.

Perguntas frequentes

Quantos elefantes asiáticos vivem atualmente na natureza?

Aproximadamente 40 mil indivíduos, distribuídos em 13 países do continente.

Quais medidas reduzem significativamente os atropelamentos de fauna?

agens ecológicas, sinalização luminosa e redução de velocidade são eficazes.

Elefantes sentem luto?

Sim. Diversos estudos mostram que eles demonstram sofrimento intenso e tentam reanimar parentes mortos.

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