Uma quadrilha composta por ao menos nove criminosos invadiu uma loja da Stuttgart, representante oficial da Porsche no Brasil, situada na zona sul de São Paulo. O grupo chegou por volta das 13h, dividindo-se em três furgões Fiat Fiorino. Assim que estacionaram, renderam o vigilante da unidade. Em seguida, iniciaram a ação criminosa.
Logo após neutralizarem a segurança, os ladrões se dirigiram diretamente à oficina da loja. Lá, eles encontraram veículos dos modelos Cayenne, Cayenne Coupé e Panamera. Nesse momento, com foco claro, os criminosos aram a desmontar os automóveis para roubar peças específicas — principalmente faróis, lanternas e rodas. Vale destacar que algumas dessas peças chegam a custar até R$ 40 mil no mercado paralelo.
Roubo direcionado indica planejamento e possível ajuda interna
Além da precisão nas escolhas dos itens roubados, os criminosos agiram com tranquilidade. Repetidamente, durante a ação, disseram a frase “é fita dada”, o que, segundo o vigilante, indica que o crime já estava previamente articulado — possivelmente com apoio de alguém com o interno à loja.
Conforme o plano avançava, os ladrões abasteciam os três furgões com as peças selecionadas. Antes da fuga, eles ainda invadiram a sala de monitoramento. Lá, roubaram os HDs com imagens das câmeras, cortaram cabos e quebraram os monitores, dificultando assim a investigação policial.
Demanda clandestina por peças de luxo impulsiona crimes semelhantes
Atualmente, o roubo de peças específicas de veículos de luxo ganha espaço entre criminosos. Diferente do roubo de carros inteiros, essa prática oferece vantagens logísticas: além de evitar rastreamento por GPS, facilita a revenda por canais ilegais.
Em plataformas clandestinas na internet, compradores em busca de economia alimentam esse tipo de crime. Como resultado, peças de alto valor tornam-se alvo fácil de quadrilhas bem informadas. A Polícia Civil já iniciou as investigações, mas até agora não há pistas concretas sobre os autores ou o destino dos itens.
Perguntas frequentes
Tudo indica que houve apoio de alguém com conhecimento detalhado da oficina.
Peças são mais fáceis de transportar, vender e não possuem rastreamento individual.
Sim. Plataformas digitais clandestinas e oficinas informais alimentam esse comércio ilícito.