Nesta segunda-feira (7), o cantor sertanejo Leonardo veio a público para esclarecer sua inclusão na “lista suja” do trabalho escravo, divulgada recentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A partir de suas declarações, ficou claro que ele se sente profundamente abalado pela associação, mas, ao mesmo tempo, determinado a esclarecer os fatos.
Arrendamento e responsabilidade
Leonardo explicou que, em 2022, arrendou a fazenda Lakanka, situada ao lado de sua famosa propriedade Talismã, para um produtor de soja. Por isso, ele afirma que não teve envolvimento direto com as contratações de funcionários. Além disso, o cantor ressaltou que desconhece tanto o arrendatário quanto os trabalhadores que foram encontrados em situação irregular. Assim, ele deixa claro que a responsabilidade pelo ocorrido recai sobre o arrendatário.
Ação do Ministério Público do Trabalho
Após a fiscalização realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), foi lavrada uma multa em nome de Leonardo, devido ao fato de ele ser o proprietário da fazenda. No entanto, o cantor afirmou que já pagou todas as indenizações exigidas, e os processos foram arquivados. Apesar do desconforto causado pela situação, Leonardo destacou que respeita o trabalho do MPT, embora tenha se sentido injustiçado pela inclusão de seu nome na lista.
Leonardo reafirma sua posição
Em sua declaração pública, Leonardo deixou claro que, do fundo do coração, jamais compactuaria com qualquer prática ilegal ou que colocasse trabalhadores em risco. Ele reconheceu a importância da fiscalização, mas reforçou que o controle sobre as operações na fazenda Lakanka estava totalmente nas mãos do arrendatário. Afirmou também que, mesmo sendo o proprietário, ele não tinha conhecimento sobre as condições de trabalho na fazenda.
Esse caso ressalta a relevância do combate ao trabalho escravo contemporâneo no Brasil, uma prática que ainda persiste em diversas áreas do país.