O candidato de centro-esquerda Lee Jae-myung foi eleito presidente da Coreia do Sul nesta terça-feira (3), consolidando uma vitória expressiva sobre o conservador Kim Mon-soo. Com 61 anos e um histórico como advogado e líder do Partido Democrata, Lee obteve 49% dos votos, superando o adversário por oito pontos percentuais.
A eleição acontece em um contexto delicado: seis meses após a destituição do ex-presidente Yoon Suk Yeol, afastado sob acusação de insurreição após tentar decretar lei marcial sem justificativa clara.
O peso da crise política recente
O pleito foi marcado por uma atmosfera de renovação. A tentativa de golpe institucional, ainda recente na memória dos eleitores, impulsionou a alta participação nas urnas, atingindo 62,1% até o meio-dia. Muitos cidadãos enxergaram no voto uma oportunidade de restaurar a estabilidade democrática no país.

A destituição de Yoon Suk Yeol deixou um vácuo de poder que o novo presidente precisará preencher rapidamente, iniciando seu mandato quase imediatamente após o anúncio do resultado.
Prioridades do novo governo
Em seu primeiro discurso, Lee Jae-myung prometeu trabalhar pela unificação do país, promovendo o diálogo com a Coreia do Norte e priorizando a recuperação econômica. As tarifas impostas pelos Estados Unidos afetaram as exportações sul-coreanas, um dos principais motores da economia local.
Além disso, o novo governo terá de lidar com problemas estruturais como a baixa taxa de natalidade e a escalada das tensões militares na península coreana.
Desafios econômicos e políticos no horizonte
Especialistas apontam que Lee herda um cenário desafiador. A economia, antes dinâmica, precisa ser reequilibrada diante do impacto das sanções comerciais e da instabilidade interna. As relações internacionais, especialmente com Washington e Pyongyang, serão cruciais para definir o tom dos primeiros meses de governo.
A expectativa dos eleitores é alta, e o sucesso de Lee dependerá de sua capacidade de consolidar reformas internas e reconquistar a confiança nas instituições democráticas.
Perguntas e respostas
Lee Jae-myung, do Partido Democrata, com 49% dos votos.
Recuperação econômica, diálogo com a Coreia do Norte e estabilidade interna.
Impulsionou alta participação e fortaleceu a demanda por renovação democrática.