O 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, os assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a longas penas em regime fechado. Lessa recebeu uma sentença de 78 anos, 9 meses e 30 dias, enquanto Queiroz enfrentará 59 anos, 8 meses e 10 dias de prisão. O tribunal anunciou a decisão nesta quinta-feira (31/10), às 18h30, encerrando assim um julgamento que atraiu grande atenção tanto nacional quanto internacional.
Ministério público busca pena máxima
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) buscou a condenação máxima de 84 anos para ambos os réus. Durante a sessão, que contou com argumentações finais, réplica e tréplica, a defesa e a acusação apresentaram seus pontos de vista de forma detalhada. Assim, os debates terminaram por volta das 16h50, levando ao veredicto que trouxe alívio e sensação de justiça para aqueles que acompanhavam o caso de perto.
Depoimentos e procedimentos do julgamento
Os depoimentos ocorreram na quarta-feira e incluíram tanto testemunhas de defesa quanto as declarações dos réus Lessa e Queiroz, que falaram de forma separada. Além disso, os jurados permaneceram na sede da Justiça durante toda a noite, garantindo que não tivessem contato com o exterior. Dessa forma, a medida buscou assegurar a imparcialidade e a integridade da decisão.
Caso reacende discussão sobre justiça e segurança
Marielle Franco, reconhecida por sua defesa dos direitos humanos, e Anderson Gomes, seu motorista, foram assassinados em março de 2018, em um crime que chocou o Brasil e gerou comoção internacional. Desde então, as investigações enfrentaram uma série de obstáculos e atrasos. No entanto, o julgamento de Lessa e Queiroz marca um o importante para as famílias das vítimas e para a sociedade, que há anos clama por justiça e responsabilização.
Próximos os e possíveis recursos
Agora, os advogados de defesa ainda podem interpor recursos contra a decisão. No entanto, a condenação de Lessa e Queiroz já representa um marco relevante no sistema judicial brasileiro. Este caso estabelece um precedente significativo, destacando a capacidade do sistema de justiça de responsabilizar autores de crimes de grande repercussão, mesmo diante de desafios complexos e pressões externas. Assim, o desfecho do caso pode influenciar futuros julgamentos e reforçar a importância de uma justiça ágil e eficiente.