Dois árbitros de boxe que atuaram nas Olimpíadas de Paris foram afastados por suspeita de corrupção. Entre eles, Yermek Suiyenish, que apitou a luta da brasileira Bia Ferreira na semifinal. Bia, que perdeu para a irlandesa Kellie Harrington, garantiu a medalha de bronze, mas o afastamento do juiz levanta novas questões sobre a integridade das competições.
Árbitros afastados e início das investigações
Yermek Suiyenish e Alisher Altayev, ambos do Cazaquistão, foram oficialmente afastados no dia 4 de agosto. De acordo com o jornal britânico The Times, os dois juízes supervisionaram mais de 50 lutas nas Olimpíadas de Paris antes de serem removidos. Além disso, um relatório divulgado antes dos Jogos já alertava que Altayev apresentava “alto risco” de corrupção, enquanto Suiyenish era classificado como “risco médio”. No entanto, ambos continuaram a atuar até serem finalmente afastados.
Mais árbitros sob investigação
As suspeitas de corrupção não se limitam apenas a Suiyenish e Altayev. De fato, outros nove árbitros de boxe estão sendo investigados por possíveis envolvimentos em atos de corrupção durante os Jogos. Até agora, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Boxe ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso. No entanto, as investigações continuam e mais informações devem ser reveladas em breve.
Repercussão internacional e críticas
Além disso, as repercussões desse caso não se restringem ao Brasil. Na Itália, o árbitro Alisher Altayev também foi responsável pela luta da italiana Irma Testa, que perdeu para a chinesa Xu Zichun na fase preliminar. Após a luta, Testa expressou insatisfação com o julgamento, o que agora reforça as suspeitas sobre a arbitragem.
Assim, as revelações sobre a possível corrupção entre árbitros de boxe nas Olimpíadas de Paris levantam sérios questionamentos sobre a transparência das competições e a justiça nos resultados.
