Na última terça-feira (20/5), o influenciador digital Thiago Jatobá se tornou o centro de uma polêmica nacional ao invadir, junto com amigos, a pista de decolagem do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. O grupo atravessou uma área de mata, escalou uma cerca de arame farpado e, em seguida, chegou a poucos metros da zona de operação das aeronaves. O vídeo da invasão foi publicado nas redes sociais e rapidamente viralizou, gerando reações diversas.
Polícia Federal age rapidamente e trata o caso como crime
Diante da repercussão, a Polícia Federal decidiu abrir uma investigação para apurar o caso como possível atentado contra a segurança do transporte aéreo. Conforme previsto no artigo 261 do Código Penal, expor aeronaves a perigo pode resultar em pena de dois a cinco anos de prisão. Além disso, as autoridades apuram se o grupo obteve algum tipo de vantagem econômica com o conteúdo divulgado. Caso se comprove essa intenção, os envolvidos poderão enfrentar, também, sanções financeiras.
A gravação revela detalhes e aumenta a gravidade da situação
No vídeo, é possível observar o grupo caminhando sorrateiramente, apagando as lanternas dos celulares e se abaixando para evitar detecção. Em certo momento, um avião decola a poucos metros dos jovens. Enquanto isso, Jatobá narra a “aventura” como se estivesse em uma expedição, alegando que o objetivo era apenas assistir de perto a uma decolagem. No entanto, o gesto irresponsável rapidamente se transformou em um risco real para a segurança aérea nacional.
RioGaleão se posiciona e cobra mais responsabilidade
Por outro lado, a concessionária RioGaleão, responsável pela gestão do aeroporto, emitiu nota classificando o episódio como uma “grave violação” das normas de segurança da aviação civil. A empresa declarou que colabora integralmente com a investigação da PF e reforçou que ações desse tipo colocam vidas humanas em risco, além de comprometerem a operação segura do tráfego aéreo. Em consequência disso, o episódio reabriu o debate sobre a responsabilidade digital de influenciadores e os limites do conteúdo sensacionalista.
Perguntas frequentes
Sim. Ele pode ser condenado a até 5 anos de prisão por colocar em risco o transporte aéreo.
A investigação busca esclarecer se houve monetização com a viralização do conteúdo.
Embora os dados oficiais não tenham sido divulgados, especialistas alertam para possíveis impactos logísticos e financeiros.