A precariedade do saneamento básico nas favelas brasileiras voltou a ganhar destaque após um vídeo do influenciador Ruan Juliet viralizar nas redes sociais. Morador da Rocinha, no Rio de Janeiro, ele costuma compartilhar sua rotina e responder perguntas dos seguidores. Dessa vez, ele revelou um problema preocupante: o destino dos dejetos das casas da comunidade.
Resíduos seguem para esgotos a céu aberto
No vídeo, Ruan explicou que a maioria dos resíduos – urina, fezes, papel higiênico e água de banho – não a por tratamento adequado. Em vez disso, os dejetos são despejados diretamente em esgotos improvisados, que desembocam em antigos rios da região. Segundo ele, esses rios antes eram limpos, mas, com o crescimento desordenado da favela, transformaram-se em verdadeiras valas.
Além disso, a ausência de tubulação adequada aumenta a proliferação de pragas, como ratos e baratas, tornando a convivência com esses animais algo inevitável. “O rato acaba sendo um morador extra”, brincou Ruan, destacando como a população se acostumou com essa situação.
Saneamento precário afeta milhões de pessoas
A realidade da Rocinha não é um caso isolado. Conforme apontam dados do Instituto Trata Brasil, mais de 35 milhões de brasileiros ainda não têm o à água tratada, enquanto cerca de 100 milhões vivem sem coleta de esgoto. Como consequência, essas condições favorecem o surgimento de doenças graves, como hepatite A, diarreia e leptospirose.
Diante desse cenário, especialistas ressaltam a necessidade urgente de investimentos públicos e projetos de regularização fundiária. No entanto, a falta de políticas eficientes e o crescimento acelerado das favelas dificultam soluções definitivas, fazendo com que milhões de pessoas continuem expostas a riscos sanitários diariamente.
Redes sociais ampliam o debate e cobram soluções
Com a popularização das redes sociais, influenciadores como Ruan Juliet desempenham um papel essencial ao dar visibilidade a problemas estruturais que muitas vezes são ignorados pelo poder público. Dessa forma, suas publicações não apenas informam, mas também geram debates e aumentam a pressão por mudanças efetivas.
Enquanto investimentos não chegam e soluções não são implementadas, milhões de brasileiros seguem convivendo com a falta de saneamento básico. Portanto, sem ações concretas, essa realidade continuará afetando a saúde e a qualidade de vida de milhares de famílias em diversas comunidades do país.
Perguntas frequentes
Na Rocinha, assim como em muitas favelas do Brasil, os dejetos das casas seguem para esgotos improvisados, que desembocam em rios próximos.
A falta de saneamento básico expõe os moradores a sérios problemas de saúde.
Influenciadores como Ruan Juliet expõem a realidade das favelas e denunciam problemas estruturais nas redes sociais, pressionando o poder público a agir.