Nesta segunda-feira (6), o Brasil oficializou a entrada da Indonésia como membro pleno do Brics, consolidando mais um avanço na ampliação do bloco. O movimento ocorre em um momento estratégico, enquanto o Brics busca reforçar sua influência global e atrair novos integrantes para aumentar sua relevância no cenário internacional. A inclusão da Indonésia marca mais um o importante no processo de diversificação do grupo, originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Expansão reforça disputas geopolíticas globais
O Brics, que começou a incluir novos membros em 2010, acelerou seu processo de expansão em 2023, com a entrada de seis países, incluindo Irã, Egito e Etiópia. Agora, com a Indonésia, o bloco demonstra ainda mais sua intenção de diversificar sua base e consolidar áreas de influência em diferentes regiões. Além disso, o grupo trabalha na criação de uma categoria de países parceiros, que permitirá a participação de nações como Cuba, Turquia e Nigéria em cúpulas e reuniões, mesmo sem status de membro pleno.
Especialistas em relações internacionais observam que essa ampliação reflete diretamente uma disputa de poder entre o Brics e blocos liderados pelo Ocidente, como o G7. Segundo José Luís da Costa Oreiro, professor da Universidade de Brasília (UnB), o Brics busca criar contrapesos à influência dos Estados Unidos e Europa. Ele destaca que a inclusão de países como Cuba reforça mais as áreas de influência política e estratégica do bloco do que traz benefícios econômicos imediatos.
Impactos econômicos e geopolíticos da ampliação
Embora a expansão aumente a visibilidade política do Brics, muitos questionam os ganhos econômicos de incluir países com menor relevância econômica. No entanto, defensores argumentam que o fortalecimento do bloco oferece uma alternativa mais representativa frente a instituições dominadas pelo Ocidente, como o FMI e o Banco Mundial. Sob a presidência brasileira em 2025, o Brics terá a oportunidade de demonstrar como essa expansão pode redefinir as dinâmicas de poder globais.
Sua relevância estratégica e seu peso econômico fortaleceram sua candidatura ao bloco.
A ampliação aumenta a influência geopolítica do grupo, embora seus efeitos econômicos ainda sejam debatidos.
Nem sempre; alguns países oferecem vantagens políticas, enquanto outros trazem benefícios econômicos limitados.