Índia proíbe todas as importações do Paquistão

Índia proíbe todas as importações do Paquistão

O governo da Índia decidiu proibir, de forma imediata, todas as importações diretas e indiretas de produtos originários do Paquistão. A medida, anunciada oficialmente no sábado (3), ocorreu dias após um ataque terrorista na região da Caxemira, no qual 26 pessoas morreram. Desde então, as relações diplomáticas entre os dois países se deterioraram rapidamente. O Ministério do Comércio indiano afirmou que a proibição se manterá válida até que novas orientações sejam divulgadas, destacando que a segurança nacional e a política pública motivaram a decisão.

Após ataque, Índia endurece retaliação e acusa diretamente o Paquistão

Logo após o atentado de 22 de abril em Pahalgam, onde a maioria das vítimas era formada por turistas, o governo do primeiro-ministro Narendra Modi atribuiu a autoria do ataque a três homens, sendo dois deles paquistaneses. Com isso, a Índia acusou formalmente o Paquistão de incentivar o terrorismo transfronteiriço, o que elevou o nível de tensão entre os dois países. Em consequência, o governo indiano modificou sua Política de Comércio Exterior para incluir a proibição de qualquer tipo de importação vinda do país vizinho.

Além disso, a Diretoria Geral de Comércio Exterior esclareceu que qualquer exceção à nova regra exigirá autorização expressa do governo. Ou seja, empresas que desejarem continuar negociando com o Paquistão precisarão, obrigatoriamente, de aval direto das autoridades indianas. Diante disso, as medidas adotadas demonstram a intenção da Índia de isolar o Paquistão no cenário internacional.

Setores agrícola e farmacêutico sofrem impactos imediatos

Com essa decisão, a Índia interrompeu o recebimento de produtos amplamente consumidos pela população, como frutas, nozes, sementes oleaginosas, plantas medicinais e substâncias químicas orgânicas. Tais itens representavam uma parcela significativa das importações paquistanesas. Por outro lado, as exportações indianas para o Paquistão, compostas principalmente por produtos farmacêuticos e químicos, totalizaram aproximadamente 60% das remessas entre abril de 2024 e janeiro de 2025.

Desse modo, tanto o setor agrícola quanto o farmacêutico sentirão os reflexos dessa ruptura comercial. Empresários e economistas alertam que, caso a medida perdure, poderá haver consequências no abastecimento e no equilíbrio dos preços internos.

Conflito geopolítico atrai atenção internacional e ameaça estabilidade regional

Paralelamente, a Índia também suspendeu o Tratado das Águas do Indo, considerado essencial para a gestão dos recursos hídricos entre os dois países. Além disso, o governo indiano expulsou diplomatas paquistaneses, cancelou vistos e fechou o espaço aéreo para aeronaves do país vizinho, ampliando ainda mais o atrito diplomático. Conforme fontes da imprensa local, o governo Modi busca reintroduzir o Paquistão na lista cinza do GAFI, o que restringiria ainda mais suas transações financeiras internacionais.

Consequentemente, organismos internacionais expressaram preocupação diante da possibilidade de o conflito evoluir para níveis mais graves. Como os dois países possuem armas nucleares e um histórico de embates militares, diversas nações têm incentivado o diálogo como forma de contenção. Contudo, até o momento, ambos os lados demonstram pouco interesse em recuar.

Perguntas frequentes

Por que a Índia decidiu proibir todas as importações do Paquistão?

Porque responsabilizou o país vizinho pelo ataque que matou 26 pessoas na Caxemira e considerou a decisão uma resposta necessária por razões de segurança nacional.

Quais setores sofreram mais com a proibição?

Principalmente os setores agrícola e farmacêutico, que dependiam da troca de mercadorias entre os dois países.

A proibição deve durar por muito tempo?

Sim, pois o governo indiano deixou claro que manterá a medida até segunda ordem, sem indicar prazo para revisão.

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