Incêndios atingem Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, fechando áreas turísticas – Veja vídeo

Somente em agosto, o Mato Grosso teve 1,6 milhão de hectares destruídos pelo fogo

Desde 21 de agosto, incêndios florestais destroem o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. As chamas já consumiram mais de 10 mil hectares, e as autoridades ainda não conseguiram controlar o fogo. Como resultado, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tomou a decisão de fechar quatro dos principais pontos turísticos do parque: Véu de Noiva, Cachoeirinha, Circuito das Cachoeiras e o Morro São Jerônimo.

Condições climáticas agravam a propagação das chamas

O incêndio teve início fora da área de preservação, mas rapidamente se alastrou para dentro do parque, atingindo as áreas mais altas. A combinação de clima seco, altas temperaturas e vegetação extremamente seca criou o ambiente perfeito para o avanço das chamas. Entre 1º e 4 de setembro, os órgãos de monitoramento registraram 35 focos de calor na região, evidenciando o agravamento da situação. Além disso, a falta de chuvas tem dificultado o combate ao fogo, pois as condições meteorológicas continuam desfavoráveis.

Brigadistas enfrentam desafios no combate

Para combater os incêndios, as equipes do ICMBio e do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso têm utilizado aeronaves e brigadistas em terra. Embora as técnicas de queima controlada, realizadas durante os meses chuvosos, tenham ajudado a conter parte das chamas, o combate completo segue complicado. A topografia do parque, com áreas de difícil o e vegetação densa, tem dificultado os esforços para extinguir o fogo, que continua a ameaçar a biodiversidade local.

Impacto no turismo e na economia da região

Outro efeito colateral dos incêndios tem sido o impacto direto no turismo da Chapada dos Guimarães, uma vez que o fechamento dos pontos turísticos afeta o fluxo de visitantes. Como o turismo é uma das principais atividades econômicas da região, a interrupção dessas visitas resulta em perdas financeiras significativas para empresas locais que dependem do ecoturismo. Assim, os efeitos dos incêndios vão além dos danos ambientais, afetando também a economia local.

Investigações e ações preventivas

Enquanto as equipes continuam a combater o fogo, a Polícia Federal e o Ministério Público iniciaram investigações para identificar possíveis causas criminosas dos incêndios. As autoridades buscam responsabilizar qualquer pessoa envolvida em atos ilícitos que possam ter causado ou agravado a situação. Paralelamente, o ICMBio está avaliando novas estratégias de prevenção para evitar que focos de incêndio surjam novamente, especialmente diante das condições climáticas que favorecem a propagação das chamas.

Os incêndios no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães reforçam a importância de medidas preventivas mais eficazes e de uma rápida resposta das autoridades. A perda de hectares de vegetação e o impacto no turismo local destacam a necessidade urgente de proteger esse ecossistema crucial, que sustenta tanto a biodiversidade quanto a economia da região. A mobilização contínua das equipes e o monitoramento constante serão essenciais para mitigar os danos e impedir que o fogo continue a avançar.

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