Na última terça-feira (04/3) durante as festividades de Carnaval em Nazaré Paulista, interior de São Paulo, um incidente envolvendo a Polícia Militar (PM) e dois irmãos trouxe à tona debates sobre a conduta policial em eventos públicos. Giovana Cintra e seu irmão Gabriel afirmam ter sido vítimas de agressões por parte de policiais militares enquanto deixavam o evento “Bloquinho de Nazaré”.
O Início do Conflito
Segundo os relatos de Giovana, ao término do evento por volta das 18h30, os seguranças iniciaram a evacuação do local. Ela se dirigiu ao banheiro, solicitando que seus amigos, incluindo seu irmão, a aguardassem. Nesse momento , a PM foi acionada para auxiliar na desocupação. Gabriel, preocupado com a irmã, tentou retornar ao recinto para encontrá-la, obtendo permissão de um policial. Contudo, outros agentes não estavam cientes dessa autorização, resultando na abordagem que, segundo os irmãos, escalou para agressão física. Giovana, ao tentar proteger o irmão, também foi agredida.
Ela relatou “A agressão começou pois ele estava tentando voltar para o banheiro para me buscar. Ele pediu autorização para um dos policiais, que deixou ele voltar. Mas os outros não entenderam isso e aram a usar da força para impedir que meu irmão voltasse para dentro do evento”
Procedimentos policiais
A atuação da polícia em eventos com grande concentração de pessoas, como o Carnaval, deve seguir protocolos específicos para garantir a segurança pública. Táticas como o “kettling”, que envolve cercar e conter multidões para evitar tumultos, são utilizadas em diversas partes do mundo. No entanto, o uso excessivo de força durante essas operações pode gerar controvérsias e questionamentos sobre a proporcionalidade das ações policiais.
Repercussão e Investigações
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram momentos de tensão entre foliões e policiais após as alegadas agressões aos irmãos. As imagens capturam confrontos adicionais entre a PM e outros participantes do evento. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que as imagens estão sendo analisadas para a adoção de medidas cabíveis. A PM registrou boletins de ocorrência contra os irmãos, alegando desacato e agressão, enquanto Giovana e Gabriel contestam essas acusações, afirmando que foram vítimas de violência desproporcional.
O incidente levantou discussões sobre os limites da atuação policial em eventos públicos e a necessidade de equilíbrio entre a manutenção da ordem e o respeito aos direitos individuais. A transparência nas investigações e a análise imparcial dos fatos são essenciais para garantir a confiança da população nas instituições de segurança.
Perguntas frequentes:
Sim, o irmão de Giovana precisou levar 6 pontos na cabeça, além dos hematomas que sofreram.
A PM alegou que os irmãos desobedeceram ordens e agrediram os policiais, justificando a reação dos agentes.
Pessoas que estavam no local no momento das agressões.