Na noite de sábado (19), um grave atropelamento tirou a vida de Jesuíno Domingos de Brito, de 65 anos, na avenida Horonato Pedroso de Barros, em Acorizal, a 70 km de Cuiabá. O motorista, de 57 anos, alegou que o idoso atravessou repentinamente a pista, momento em que o atingiu com o veículo. A tragédia reacendeu o debate sobre a vulnerabilidade social e a irresponsabilidade ao volante.
Motorista se recusa a fazer teste do bafômetro e vai preso
Policiais militares flagraram sinais claros de embriaguez no condutor do carro. Apesar do convite para realizar o teste do etilômetro, ele recusou. Com os indícios evidentes de ingestão de álcool, os agentes o prenderam em flagrante e o levaram imediatamente à Central de Flagrantes, onde permanece à disposição da Justiça. A negativa de colaborar com o teste não impediu o andamento da investigação, já que o comportamento do motorista confirmou a suspeita de embriaguez.
Equipe médica tenta salvar vítima, mas ela não resiste
Uma equipe de ambulância de Acorizal prestou os primeiros socorros e transportou Jesuíno em estado grave ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Os médicos realizaram todos os procedimentos possíveis, mas o idoso morreu às 23h38, em decorrência da gravidade dos ferimentos. Ele vivia como andarilho e, segundo o motorista, apresentava distúrbios psiquiátricos, embora essa informação não tenha sido oficialmente confirmada.
Ausência de políticas públicas amplia riscos de quem vive nas ruas
A morte de Jesuíno revela mais do que um acidente: expõe o abandono enfrentado por quem vive à margem da sociedade. Sem moradia, cuidados médicos ou proteção institucional, essas pessoas circulam diariamente pelas ruas, vulneráveis a todo tipo de risco. Em paralelo, motoristas seguem desrespeitando leis básicas de trânsito, como a proibição de dirigir sob efeito de álcool. Assim, a combinação entre descaso social e imprudência no trânsito gera mortes evitáveis, como a que chocou Acorizal.
Muitos ignoram os riscos e confiam na impunidade.
A recusa gera multa, suspensão da CNH e prisão em flagrante.
A prevenção exige fiscalização severa e políticas sociais eficientes.