No dia 11 de dezembro, Iolanda Ribeiro Conti, de 91 anos, recebeu seu diploma do ensino básico em uma cerimônia repleta de emoção na Universidade Guarulhos. Com um buquê de flores nas mãos, salto alto e beca, ela subiu ao palco acompanhada pelos professores da Escola Estadual Padre Conrado Sivila. A entrega do certificado, proporcionada pelo programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), marcou a realização de um sonho que ela carregou por toda a vida.
Idosa de 91 anos realiza sonho de ler e escrever e se forma no ensino médio pic.twitter.com/m2od3CmVnW
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) December 26, 2024
Nascida em Piranguçu (MG), Iolanda enfrentou muitos desafios desde a infância. Aos oito anos, começou a trabalhar na roça, ajudando os pais e cuidando dos irmãos. Como resultado, precisou abandonar os estudos ainda cedo. Contudo, ela jamais desistiu de aprender. Segundo ela, “querer é poder, mas é preciso correr atrás”. Assim, sua determinação a levou a retomar os estudos após décadas, provando que nunca é tarde para recomeçar.
O papel transformador da educação
Embora Iolanda tenha construído uma vida dedicada à família e ao trabalho — ela se casou, teve três filhos e trabalhou como faxineira, padeira e lavadeira — a falta de alfabetização sempre foi um incômodo. Por isso, ela enxergou no EJA uma oportunidade de transformação. Atualmente, programas como esse se mostram essenciais, especialmente para combater o analfabetismo, que ainda afeta 18% da população brasileira acima de 60 anos, de acordo com o IBGE.
Além disso, histórias como a de Iolanda reforçam a relevância da educação para a inclusão e o empoderamento social. A alfabetização na terceira idade não apenas melhora a autoestima, mas também amplia possibilidades de convivência e participação comunitária.
Um exemplo para as futuras gerações
Portanto, ao conquistar seu diploma, Iolanda deixou uma lição importante: a educação não tem prazo de validade. Segundo ela, “quanto mais se vive, mais se aprende”. Assim, sua história inspira pessoas de todas as idades a perseguirem seus sonhos e a acreditarem no poder transformador do aprendizado.
Por fim, o caso de Iolanda nos lembra que a inclusão educacional deve ser uma prioridade para a sociedade. Ao celebrar sua vitória, reafirmamos a importância de garantir que todos, independentemente da idade, tenham o às ferramentas necessárias para transformar suas vidas.
Perguntas frequentes
Iolanda Ribeiro Conti ingressou no programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecido pela Escola Estadual Padre Conrado Sivila. Com determinação, ela superou as dificuldades de décadas longe da sala de aula e alcançou o sonho de se alfabetizar, provando que a idade não é uma barreira para a educação.
A trajetória de Iolanda inspira porque ela demonstrou que nunca é tarde para aprender. Apesar de ter começado a trabalhar aos 8 anos e enfrentado muitos desafios ao longo da vida, ela manteve o sonho de estudar vivo por décadas. Sua conquista mostra que a educação pode transformar vidas em qualquer idade.
A experiência de Iolanda destaca que a alfabetização na terceira idade vai além de um diploma. Ela traz autoestima, inclusão social e novas oportunidades de interação. Além disso, histórias como a dela mostram como programas como o EJA são fundamentais para reduzir o índice de analfabetismo entre idosos, que ainda é alto no Brasil.
