Hugo Motta é eleito presidente da Câmara com ampla aliança partidária

O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), de 35 anos, conquistou neste sábado (1º/2) a presidência da Câmara dos Deputados. Com o apoio de uma ampla coalizão política, Motta recebeu 444 votos, superando seus adversários Marcel van Hattem (Novo-RS), que obteve 31 votos, e o pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que somou 22. A articulação política liderada por Arthur Lira (PP-AL), seu antecessor, foi crucial para a vitória expressiva.

O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), de 35 anos, conquistou neste sábado (1º/2) a presidência da Câmara dos Deputados. Com o apoio de uma ampla coalizão política, Motta recebeu 444 votos, superando seus adversários Marcel van Hattem (Novo-RS), que obteve 31 votos, e o pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que somou 22. A articulação política liderada por Arthur Lira (PP-AL), seu antecessor, foi crucial para a vitória expressiva.

Motta, que exerce seu quarto mandato na Casa, agora lidera um dos principais poderes da República. Ele precisará lidar com desafios legislativos complexos, principalmente em questões que envolvem o relacionamento entre governo e oposição.

Aliança ampla e composição da nova mesa diretora

Motta garantiu o apoio de partidos variados, como MDB, PT, PL, PSD, PSDB, Republicanos, Solidariedade, entre outros. Apenas o PSOL e o Novo preferiram lançar candidatos próprios. Essa base de sustentação política indica uma forte articulação para enfrentar os debates legislativos nos próximos dois anos.

Além da presidência, a Câmara definiu os ocupantes das posições na Mesa Diretora. Veja como ficou a composição:

  • 1ª vice-presidência: Altineu Côrtes (PL-RJ);
  • 2ª vice-presidência: Elmar Nascimento (União-BA);
  • 1ª secretaria: Carlos Veras (PT-PE);
  • 2ª secretaria: Lula da Fonte (PP-PE);
  • 3ª secretaria: Delegada Katarina (PSD-SE);
  • 4ª secretaria: Sergio Souza (MDB-PR).

Com essa configuração, Motta contará com o respaldo político necessário para conduzir as pautas da Câmara. No entanto, ele precisará demonstrar habilidade para equilibrar os interesses divergentes dentro dessa ampla coalizão.

Discurso de posse: memórias de Ulysses Guimarães e críticas ao “toma lá, dá cá”

Durante o discurso de posse, Motta emocionou o plenário ao recordar Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte de 1988. Ele destacou a importância do legado de Guimarães para a democracia brasileira.
“Esta é e será sempre a cadeira do senhor diretas, do senhor democracia, a eterna cadeira do pai de nossa Constituição, Ulysses Guimarães,” afirmou.

Motta aproveitou o momento para criticar duramente a prática política conhecida como “toma lá, dá cá”. Segundo ele, essa troca de favores entre Executivo e Legislativo enfraquece a independência do Parlamento.
“Resvalamos para um absolutismo presidencial que a Constituição não previa através do arranjo da cooptação do parlamento, do toma lá, dá cá, uma espécie de arrendamento do poder do Legislativo pelo Executivo,” criticou.

O futuro da gestão de Hugo Motta

A liderança de Motta na Câmara terá como foco consolidar consensos sobre projetos prioritários. No entanto, ele precisará enfrentar as tensões inerentes à política nacional, especialmente no que diz respeito às expectativas de transparência e autonomia entre os poderes.

O novo presidente busca, assim, imprimir um estilo de comando que equilibre cooperação e independência, promovendo debates construtivos para o desenvolvimento do país.

Quem é Hugo Motta e como foi sua trajetória política?

Hugo Motta, de 35 anos, é deputado federal pelo Republicanos-PB, médico de formação, casado e pai de dois filhos. Ele está em seu quarto mandato, tendo sido eleito pela primeira vez em 2010, aos 21 anos.

Quais partidos apoiaram a candidatura de Hugo Motta?

Partidos como MDB, PT, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, entre outros, formaram uma ampla aliança em apoio a Motta. Apenas o PSOL e o Novo lançaram candidatos próprios.

O que Hugo Motta criticou em seu discurso de posse?

Motta criticou o arranjo político conhecido como “toma lá, dá cá”, que envolve a troca de favores entre o Executivo e o Legislativo. Ele defendeu maior independência entre os poderes.

Veja também
Recentes