Uma visita estratégica ao gabinete parlamentar nesta semana destacou os desafios e conquistas de uma instituição fundamental para a saúde no Sudoeste de Mato Grosso. A diretora Maria Auxiliadora Dorilêo Rosa, conhecida como Dora, e sua equipe do Hospital Evangélico de Vila Bela da Santíssima Trindade discutiram novos projetos para fortalecer a unidade, que atende majoritariamente pelo SUS.
Filantropia a serviço do SUS: Um modelo em transformação
O Hospital Evangélico representa um dos pilares da saúde na região, operando no delicado equilíbrio entre filantropia e serviço público. Sua inclusão no Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF/MT) através de projeto de lei foi um marco, mas a instituição ainda enfrenta os mesmos desafios que afligem a saúde pública nacional: falta de recursos, sobrecarga do sistema e dificuldades de manutenção da estrutura. Dados do Ministério da Saúde mostram que hospitais filantrópicos respondem por 41% dos atendimentos do SUS no país.
Os projetos em andamento para a região Sudoeste
Entre as iniciativas discutidas estão a modernização de equipamentos, capacitação de profissionais e ampliação de leitos. A região Sudoeste, com sua dispersão populacional e distância dos grandes centros, depende criticamente de unidades como esta. Um levantamento da Secretaria Estadual de Saúde aponta que pacientes da região gastam em média 4 horas em transporte para chegar a hospitais de referência em Cuiabá.
O financiamento como desafio permanente
Apesar dos avanços com a inserção no FEEF, a sustentabilidade financeira do hospital continua sendo uma preocupação. A diretora Dora destacou a necessidade de parcerias contínuas entre poder público e iniciativa privada para manter os serviços essenciais.
Perguntas e Respostas
1. Qual a importância do Hospital Evangélico para a região?
Única unidade de média complexidade em raio de 200 km, atendendo a 11 municípios.
2. Como funciona o ree via FEEF/MT?
Recursos estaduais são destinados para cobrir parte dos custos de atendimentos pelo SUS.
3. Quantos pacientes são atendidos mensalmente?
A unidade realiza em média 2.300 atendimentos/mês, sendo 89% pelo sistema público.
Enquanto o debate nacional sobre o futuro da saúde pública continua, casos como o do Hospital Evangélico de Vila Bela mostram a realidade concreta de quem mantém viva a assistência médica no interior do Brasil. A pergunta que permanece é: até quando o sistema conseguirá se sustentar nesse delicado equilíbrio entre filantropia e responsabilidade estatal? A resposta pode definir o futuro da saúde para milhares de mato-grossenses.