Na manhã desta quarta-feira (22), um morador de Sorriso provocou um incêndio em pneus em frente à Secretaria Municipal de Saúde. Ele protestou contra a demora na transferência de uma paciente em estado grave que aguarda vaga hospitalar. O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente ao local e apagou as chamas antes que o fogo causasse maiores danos. A revolta do manifestante se relaciona à situação de uma mulher internada desde terça-feira (21) na UPA Sara Akemi Ichicava. Os médicos classificaram o caso como “vaga zero”, o que exige transferência imediata para um hospital de maior complexidade. A paciente, no entanto, continua internada na unidade, sem previsão de remoção.
UPA opera no limite e aguarda vagas pelo Sisreg
A Secretaria de Saúde informou que a equipe médica incluiu a paciente no Sistema de Regulação (Sisreg) assim que identificou a gravidade do caso. Mesmo com prioridade máxima, o sistema não disponibilizou leitos hospitalares até o momento. Enquanto isso, os profissionais da UPA mantêm a paciente sob cuidados clínicos, dentro dos recursos disponíveis, já que a unidade não realiza cirurgias nem atende casos de alta complexidade.
A istração municipal também revelou um dado preocupante: a UPA abriga atualmente 30 pacientes internados, sendo 14 deles classificados como “vaga zero”. Todos aguardam transferência para hospitais regionais ou estaduais.
Prefeitura lamenta o ato e reafirma compromisso com atendimento humanizado
A Prefeitura de Sorriso lamentou o protesto com fogo, mas reconheceu a insatisfação da população. Em nota oficial, a gestão afirmou que todos os pacientes recebem atendimento dentro das capacidades técnicas e estruturais da UPA. A nota também destacou que a responsabilidade pela liberação de leitos cabe à central estadual do Sisreg.
A istração reafirmou o compromisso com um atendimento humanizado e respeitoso, mas pediu compreensão diante das limitações do sistema de regulação e da ausência de vagas hospitalares disponíveis.
VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA:

Perguntas frequentes
Ele protestou contra a demora na transferência de uma paciente em estado grave.
Os médicos usam essa classificação para indicar que o paciente precisa de transferência imediata.
Não. O sistema ainda não liberou vaga hospitalar para a transferência.