Na madrugada de 8 de fevereiro, no bairro Cidade Ariston, em Carapicuíba, São Paulo, uma tragédia abalou a comunidade local. Gabriela Cardoso, foi atropelada por uma viatura da Polícia Militar enquanto estava na garupa de uma moto conduzida por seu marido, Jean Lameu. Imagens de câmeras de segurança capturaram o momento exato do incidente, gerando comoção e questionamentos sobre a conduta policial.
Grávida morre atropelada por viatura da PM; veja vídeo
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) February 12, 2025
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O que as imagens revelam?
As gravações mostram o casal sem capacetes em uma motocicleta emprestada. Ao avistarem a viatura, Jean teria tentado evitar a abordagem policial, mas decidiu parar no cruzamento das ruas Antônia Gozzi Valverde e da Reserva. Nesse instante, a viatura colidiu com a traseira da moto, derrubando o casal, e, em seguida, atropelou Gabriela. Testemunhas relataram que os policiais reconheceram o erro assim que o acidente aconteceu. E, em seguida, pediram diretamente para que os responsáveis pelas câmeras de segurança apagassem as imagens registradas no momento do atropelamento.
Procedimentos policiais em perseguições: houve falha?
De acordo com o Procedimento Operacional Padrão (POP) da Polícia Militar, durante abordagens a veículos, os policiais devem posicionar a viatura de maneira segura e utilizar técnicas que minimizem riscos para todos os envolvidos. Os policiais que participam de perseguições precisam tomar decisões em frações de segundo, avaliando o cenário e agindo com rapidez, o que pode aumentar as chances de cometer erros e gerar consequências graves para todos os envolvidos. A Resolução SSP-21, de 11 de abril de 1990, orienta que diligências de perseguição devem resguardar os direitos individuais e a segurança física de todos os cidadãos. No caso em questão, a colisão traseira seguida de atropelamento levanta dúvidas sobre o cumprimento desses protocolos.
A reação da comunidade e a busca por justiça
Moradores locais estão indignados com o ocorrido, especialmente diante das alegações de que os policiais tentaram ocultar evidências ao solicitar a exclusão das imagens de segurança. A ausência de acionamento imediato do Instituto Médico Legal (IML) também é motivo de críticas. Até o momento, a Secretaria da Segurança Pública não se pronunciou oficialmente sobre o incidente. A comunidade aguarda respostas e medidas que garantam a responsabilização dos envolvidos e a prevenção de ocorrências semelhantes no futuro.
Perguntas Frequentes:
Os procedimentos incluem a sinalização para parada, posicionamento estratégico da viatura e abordagem segura dos ocupantes, visando minimizar riscos.
Os órgãos responsáveis consideram essa prática irregular, pois entendem que policiais que solicitam a exclusão de imagens de segurança podem estar tentando obstruir a justiça, comprometendo a transparência e a integridade das investigações.
A resolução determina que os policiais devem conduzir perseguições de forma responsável, garantindo a proteção dos direitos individuais e priorizando a segurança de todas as pessoas envolvidas na ação.
