Governo proíbe anúncios de cigarros eletrônicos: O que muda para redes sociais e consumidores

O governo brasileiro determinou que plataformas como Instagram, YouTube, TikTok e Mercado Livre removam em 48 horas todos os anúncios de cigarros eletrônicos. A medida reforça a proibição já existente sobre a venda desses produtos no país, mas coloca em xeque a fiscalização digital. O que isso significa para usuários, empresas e a saúde pública?

Por que o Brasil mantém a proibição dos vapes?

A justificativa é a falta de estudos conclusivos sobre seus riscos à saúde. Países como os EUA permitem a comercialização, mas com restrições. No Brasil, a medida visa coibir o aumento do consumo entre adolescentes, que muitas vezes acreditam que os vapes são inofensivos.

Como as redes sociais reagem à decisão?

Grandes plataformas digitais terão que reforçar seus sistemas de moderação para bloquear anúncios e conteúdos promocionais sobre vapes. O Mercado Livre, por exemplo, já removeu mais de 50 mil anúncios do ar nos últimos anos. A questão é: será que a fiscalização conseguirá acompanhar as novas estratégias de venda, como anúncios camuflados e grupos privados?

O mercado paralelo pode crescer com a proibição?

Especialistas alertam que a medida pode aumentar o comércio ilegal de cigarros eletrônicos. Muitos produtos entram no país por contrabando e são vendidos em marketplaces clandestinos ou por meio de mensagens privadas. Sem regulamentação, esses itens podem ser ainda mais perigosos, já que sua procedência e composição são desconhecidas.

Perguntas e respostas

1. Posso ser multado por vender vapes no Brasil?
Sim. A Anvisa pode aplicar multas que chegam a R$ 1,5 milhão para empresas que descumprirem a regra.

2. Cigarros eletrônicos fazem menos mal que os tradicionais?
Não há consenso científico. Embora alguns defendam que são menos nocivos, estudos recentes associam os vapes a riscos pulmonares e cardíacos.

3. Como identificar anúncios ilegais?
Conteúdos que oferecem “vapes”, “pods” ou “e-cigarettes” de forma comercial devem ser denunciados às plataformas e à Anvisa.

A decisão do governo reacende o debate sobre regulamentação versus proibição. Enquanto alguns defendem a liberação controlada, como ocorre em outros países, a Anvisa mantém sua posição: sem comprovação de segurança, os vapes continuarão banidos. O desafio agora será conter o mercado negro que pode surgir nas brechas da fiscalização digital.

Veja também
Recentes