O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), manifestou duras críticas ao presidente da França, Emmanuel Macron, acusando-o de hipocrisia ambiental e de tentar prejudicar o agronegócio brasileiro. As declarações de Mendes ocorreram durante entrevista ao podcast Apro360, da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), onde abordou a oposição de Macron à construção da Ferrogrão, ferrovia planejada para conectar Sinop (MT) a Miritituba (PA).

Macron e a interferência na Ferrogrão
Mendes acusou Macron de criar barreiras ambientais infundadas para impedir o avanço da Ferrogrão. Segundo o governador, o presidente francês teria influenciado o cacique Raoni Metuktire a se posicionar contra a ferrovia. “Ele veio aqui falar com o Raoni para o Raoni falar que é contra a Ferrogrão. Eu falei: tenha a santa paciência, Macron, vá chupar prego pra lá”, declarou Mendes.
Acusações de protecionismo francês
Para o governador, as ações de Macron não refletem uma preocupação genuína com o meio ambiente, mas sim uma estratégia para proteger os agricultores ses, que enfrentam dificuldades em competir com o agronegócio brasileiro. Mendes argumenta que o modelo agrícola francês é obsoleto e depende de subsídios governamentais, enquanto o Brasil se destaca pela eficiência e produtividade no setor.
Repercussões e Debate Ambiental
As declarações de Mendes intensificam o debate sobre a construção da Ferrogrão, uma obra considerada estratégica para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste brasileiro. Ambientalistas e lideranças indígenas expressam preocupações sobre os impactos socioambientais da ferrovia, enquanto setores do agronegócio defendem sua importância econômica. A controvérsia evidencia a complexidade de equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental no Brasil.
Perguntas e Respostas:
A Ferrogrão é uma ferrovia planejada para conectar Sinop (MT) a Miritituba (PA), visando facilitar o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste para portos no Norte do país.
As críticas se concentram nos possíveis impactos ambientais e sociais, incluindo desmatamento e efeitos sobre comunidades indígenas na região.
O governo francês alega preocupações ambientais, argumentando que a ferrovia poderia causar danos significativos à Amazônia e às comunidades locais.