Golpe do “falso advogado” engana vítimas usando suposta taxa judicial. Veja vídeo:

O golpe do falso advogado está se tornando cada vez mais comum em São Paulo, o que tem preocupado tanto clientes quanto profissionais jurídicos. Recentemente, um caso envolvendo Mariana (nome fictício) exemplificou perfeitamente como os criminosos agem. Mariana, que aguardava o recebimento de R$ 38 mil em precatórios, recebeu mensagens pelo WhatsApp de uma mulher que se identificava como Ana Kelly, secretária de sua advogada.

https://twitter.com/perrenguemt/status/1852073535012753643?s=46

Mensagens detalhadas que enganam a vítima

Ana Kelly, utilizando um discurso formal e com informações detalhadas sobre o processo, afirmou que a advogada de Mariana estava no tribunal, naquele momento, para resolver a liberação do pagamento. No entanto, ela explicou que para que o valor pudesse ser liberado, Mariana precisava pagar R$ 1,8 mil em taxas de cartório. Assim, confiando na abordagem formal e nos detalhes precisos apresentados pela suposta secretária, Mariana fez o depósito via Pix, sem desconfiar de qualquer irregularidade.

Descoberta do golpe e suas consequências

Logo após efetuar o pagamento, Mariana decidiu entrar em contato com sua advogada para confirmar a liberação do valor. Foi nesse momento que ela descobriu que havia sido vítima de um golpe. Infelizmente, o processo ainda não havia sido finalizado e o dinheiro transferido não poderia ser recuperado. Essa situação trouxe não apenas prejuízo financeiro, mas também um alerta sobre a importância de se ter cuidado com esse tipo de abordagem.

OAB-SP intensifica monitoramento e alerta clientes

Em resposta a essa crescente prática criminosa, a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) intensificou seus esforços para monitorar esses casos. Desde julho de 2024, a OAB-SP criou um sistema específico para registrar esse tipo de ocorrência. Em menos de um mês, a entidade já havia recebido mais de 100 denúncias. De acordo com o vice-presidente da OAB-SP, Leonardo Sica, as quadrilhas se aproveitam de dados públicos, como nomes e fotos de advogados, além de informações dos processos judiciais, para abordar clientes de forma convincente. Além disso, os golpistas utilizam bots para automatizar as mensagens, fazendo-se ar por advogados ou assistentes e pedindo valores referentes a taxas judiciais.

Como proteger-se de golpes sem prejuízos

Portanto, para evitar cair em golpes similares, é importante seguir algumas orientações. Primeiramente, desconfie de solicitações de pagamentos via Pix, uma vez que advogados geralmente não pedem transferências instantâneas para cobrir taxas judiciais. Além disso, é fundamental confirmar diretamente com o advogado qualquer pedido de pagamento. Finalmente, tenha cuidado com mensagens de terceiros que afirmam representar o seu advogado, principalmente quando não houve nenhum contato prévio.

Assim, a prevenção, junto à cautela, tornam-se ferramentas essenciais para evitar golpes e garantir a segurança durante processos judiciais.

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