Durante um procedimento comum em uma funerária, um funcionário viveu um susto que dificilmente esquecerá. Enquanto realizava o tamponamento — técnica que sela os orifícios naturais do corpo para evitar vazamentos durante o velório — ele se deparou com algo fora do esperado: a mão do falecido se moveu e o tocou. Imediatamente, o profissional saiu da sala, visivelmente abalado.
Embora pareça sobrenatural, a ciência explica
Apesar do susto, esse tipo de reação do corpo não é tão incomum quanto parece. Conforme explicam especialistas em medicina legal, movimentos involuntários podem ocorrer nas horas seguintes à morte. Isso acontece principalmente devido à liberação de gases ou à persistência de impulsos elétricos nos nervos e músculos. Em outras palavras, embora o coração tenha parado, o corpo ainda pode reagir. Portanto, o fenômeno, por mais impactante que seja, tem explicação científica.
Por trás do luto, profissionais enfrentam desafios silenciosos
Além disso, o episódio destaca uma realidade pouco discutida: o cotidiano dos profissionais de funerárias. Eles não apenas executam procedimentos técnicos como a tanatopraxia, mas também enfrentam situações emocionalmente intensas. Com frequência, lidam com cenas inesperadas, odores fortes e reações humanas de familiares enlutados. Ou seja, o preparo vai além do treinamento técnico — exige também resiliência e equilíbrio emocional.
Mesmo com informação, o medo ainda vence a razão
Ainda que a ciência esclareça esses fenômenos, o imaginário popular continua alimentando o mistério em torno da morte. Muitas pessoas, por exemplo, associam esses movimentos a experiências sobrenaturais. Contudo, é importante diferenciar crença de biologia. Afinal, a decomposição humana envolve processos químicos e físicos que podem, sim, surpreender. No entanto, isso não significa que há vida após a morte em movimento.
Perguntas frequentes
Porque impulsos nervosos e gases podem gerar espasmos mesmo após o óbito.
A tanatopraxia, por lidar diretamente com o corpo, pode provocar episódios inesperados.
A falta de conhecimento científico e o medo natural do desconhecido sustentam esses mitos.